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Israel se "decepciona" com saída de embaixadores de Peru, Chile e El Salvador

Em Jerusalém

30/07/2014 10h34Atualizada em 30/07/2014 11h33

Israel revelou nesta quarta-feira (30) sua "profunda decepção" com a retirada dos embaixadores do Peru, do Chile e de El Salvador por causa da operação Limite Protetor em Gaza, decisão que considera um "apoio à organização terrorista Hamas".

"Israel manifesta sua profunda decepção pela apressada decisão dos governos de El Salvador, Peru e Chile de chamar para consultas seus embaixadores. Esse passo representa um respaldo ao Hamas, uma organização reconhecida como terrorista por muitos países do mundo", refere o Ministério das Relações Exteriores em comunicado.


Mapa Israel, Cisjordânia e Gaza - Arte/UOL - Arte/UOL
Mapa mostra localização de Israel, Cisjordânia e Gaza
Imagem: Arte/UOL

A decisão desses países se soma às do Brasil e do Equador, que fizeram o mesmo na semana passada e na anterior em protesto pelo que consideraram o uso desproporcional da força contra a população civil de Gaza.

Ontem, o Chile notificou que estava chamando seu embaixador por considerar que "a escala e a intensidade das operações israelenses em Gaza violam o princípio de proporcionalidade no uso da força" e que portanto não respeita "normas fundamentais do direito internacional humanitário".

Em seu comunicado, o governo chileno também condenava o lançamento de foguetes por parte do Hamas contra alvos civis em Israel, mas especificava que a "proporcionalidade" é um requisito "indispensável" para justificar a legítima defesa.

Por sua vez, o representante do Peru disse "lamentar profundamente a interrupção do cessar-fogo com novas operações militares de Israel sobre Gaza, que ocasionaram a perda de vidas humanas que se somam às mais de mil vítimas, muitas delas civis, mulheres e crianças".

Desde que Israel lançou em 8 de julho a operação Limite Protetor morreram em Gaza cerca de 1.270 palestinos, dois terços deles civis segundo o Ministério da Saúde na faixa.


"Israel espera de países que se opõem ao terrorismo que se comportem com responsabilidade e que não premiem os terroristas", acrescenta a nota, na qual se lembra que "cada vez que aceitou os planos para consolidar um cessar-fogo e restaurar a calma, o Hamas respondeu com o lançamento de foguetes".

A Chancelaria israelense também afirma que, em lugar de chamar a consulta a seus embaixadores, "teria sido muito melhor que El Salvador, Chile e Peru tivessem se somado aos esforços internacionais para ajudar Israel a defender civis inocentes, e conseguir um cessar-fogo durável que inclua a desmilitarização de Gaza".