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Divididos sobre a Síria, Obama e Putin iniciam 1º encontro formal em 2 anos

28/09/2015 18h41

Nações Unidas, 28 set (EFE).- Os presidentes de Estados Unidos, Barack Obama, e Rússia, Vladimir Putin, iniciaram nesta segunda-feira a primeira reunião formal entre ambos em mais de dois anos, com pontos de vista divergentes sobre como tentar encontrar uma solução para o conflito na Síria.

A reunião ocorre em uma pequena sala na sede das Nações Unidas decorada com bandeiras americanas e russas. Obama e Putin se cumprimentaram com um aperto de mãos antes de começar o encontro e não responderam a perguntas sobre a Síria dos jornalistas presentes.

Os dois líderes discursaram na Assembleia Geral da ONU durante a manhã e expuseram claramente suas diferenças em relação à crise síria, que já dura mais de quatro anos.Em seu discurso, Obama insistiu que o presidente sírio, Bashar al Assad, deve renunciar para impulsionar uma "transição" que permita solucionar o conflito. Por outro lado, Putin pediu o apoio da comunidade internacional ao "governo legítimo" da Síria.

Após seus discursos, os líderes se cumprimentaram brevemente e brindaram no almoço oferecido pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, aos chefes de Estado e governo presentes na Assembleia Geral do organismo.

Obama e Putin estavam ao lado de Ban em uma das mesas organizadas para o almoço e os fotógrafos registraram os brindes entre ambos, com o presidente americano com rosto sério e o líder do Kremlin sorrindo.

A última reunião formal entre Obama e Putin ocorreu em meados de 2013. Meses depois, no início de 2014, teve início a crise ucraniana com a anexação russa da Crimeia, assunto que deve ser abordado por ambos na reunião de hoje.

Em seu discurso perante a Assembleia, Obama defendeu as sanções impostas à Rússia após a anexação da Crimeia porque, segundo disse, os EUA não podem ficar calados "quando a soberania e a integridade territorial de uma nação são violadas em flagrante".

Putin denunciou em discurso o uso de "sanções unilaterais" para servir a "interesses políticos" e, ao mesmo tempo, "eliminar concorrentes" econômicos.