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Acusada de xenofobia e conspiração, funcionária pública americana se demite

28/07/2018 17h08

Washington, 28 jul (EFE).- A funcionária do Departamento de Saúde e Serviços Sociais dos Estados Unidos (HHS) Ximena Barreto, que tinha sido acusada de realizar comentários xenófobos e divulgar teorias conspiratórias, pediu demissão, segundo informações divulgadas neste sábado pela imprensa local.

Ximena assumiu como subdiretora de Comunicação do HHS, um cargo político de indicação do presidente dos EUA, Donald Trump, para cuja campanha eleitoral havia trabalhado em 2016, de acordo com a emissora "CNN".

A funcionária já tinha sido suspensa em abril, depois que a organização Midia Matters denunciou que, antes de entrar para o departamento, ela havia criticado a religião muçulmana e difundido diversas teorias conspiratórias através das redes sociais.

Entre as teorias de Ximena, destacou-se a de que a candidata derrotada por Trump, a democrata Hillary Clinton, faria parte de um grupo de exploração sexual de menores que tinha a sua base em uma pizzaria de Washington.

A subdiretora também acusara o presidente francês, Emmanuel Macron, e o ex-chefe de governo americano Barack Obama de serem marionetes da família Rochschild e do multimilionário George Soros, respectivamente. Além disso, publicava frequentemente mensagens antissemitas e tweets pedindo o banimento do Islã nos EUA.

Depois de ter sido suspensa, a funcionária se desculpou em público e pôde voltar a trabalhar, mas não em seu antigo cargo no escritório de Comunicação. Porém, em junho, voltou a usar o Twitter para dizer que as acusações contra si eram uma "campanha de difamação".