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Trump diz que aplicará tarifas se México não controlar fronteira em 1 ano

O presidente dos EUA, Donald Trump - Reuters
O presidente dos EUA, Donald Trump Imagem: Reuters

04/04/2019 15h32

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quinta-feira (4) que dará ao México o prazo de um ano para conter o fluxo de drogas na fronteira entre os países, ou então imporá tarifas sobre os automóveis mexicanos.

"Vamos dar a eles um prazo de um ano. Se as drogas não pararem de entrar, ou em sua maior parte, vamos impor tarifas ao México e aos seus produtos, em particular os automóveis. E se isso não detiver as drogas, vamos fechar a fronteira", afirmou Trump aos jornalistas durante um ato na Casa Branca.

O anúncio do presidente americano representa um recuo quanto à ameaça de fechar a fronteira nos próximos dias, quase uma semana depois de exigir que o México contenha imediatamente o fluxo de imigrantes ilegais que vão para os EUA.

Trump não falou especificamente sobre essa ameaça, mas disse que o governo vizinho sabe o que vai acontecer se não tomar uma atitude.

"O México entende que vamos fechar a fronteira ou impor tarifas sobre os automóveis, será uma coisa ou a outra", ressaltou.

Além disso, Trump comemorou o fato de o México ter capturado e devolvido imigrantes aos países de origem nos últimos quatro dias. Segundo ele, isso já um resultado da ameaça de fechar a fronteira.

"Se em um ano, a partir de hoje, as drogas continuarem entrando, vamos impor tarifas", reiterou Trump.

O presidente americano, que nesta sexta-feira deve visitar a fronteira para supervisionar a construção de uma barreira perto de San Diego (Califórnia), reconheceu que sua ameaça de impor tarifas poderia interferir no renovado acordo comercial entre EUA, México e Canadá, conhecido como T-MEC e que aguarda ratificação no Congresso.

"Temos um acordo, o T-MEC, mas eles (mexicanos) vão ter que aceitar isto. Para mim o T-MEC é importante, mas isto é mais", indicou Trump, que acrescentou que se o Congresso americano não ratificar esse acordo comercial, será "puramente por razões políticas". EFE