Independentistas catalães aumentam presença no parlamento da Espanha
Os independentistas catalães conseguiram ampliar a presença no Congresso dos Deputados da Espanha nas eleições gerais realizadas neste domingo, apesar dos principais líderes dos partidos da região estarem foragidos ou sendo julgados pelo referendo sobre a separação da Catalunha em 2017.
No total, os independentistas conquistaram 22 cadeiras entre os 350 deputados que formarão o novo parlamento da Espanha, número superior aos 17 representantes que o grupo elegeu no pleito de 2016.
Com uma participação no pleito que chegou a 77,6% na região, 14 pontos percentuais a mais do que as eleições realizadas há três anos, a ERC (Esquerda Republicana da Catalunha) ficou com 15 dos 48 assentos em disputa. Já a JxC (Junts per Catalunha), do ex-presidente regional Carles Puigdemont, foragido na Bélgica desde a tentativa separatista de 2017, ficou com sete cadeiras.
O principal líder da ERC, Oriol Junqueras, está preso preventivamente desde novembro de 2017. Ele está sendo julgado pelo Tribunal Supremo da Espanha pelo processo independentista catalão.
Após a divulgação dos resultados, Puigdemont disse que o resultado foi excelente para a Catalunha. O ex-presidente da região também comemorou a alta na participação dos catalães no pleito.
Em linha com o forte crescimento do PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol) em todo o país, a legenda liderada pelo atual presidente do governo da Espanha, Pedro Sánchez, também avançou na Catalunha, passando de sete para 12 deputados. O Unidas Podemos, por outro lado, caiu de 12 para sete deputados.
O Ciudadanos, de Albert Rivera, que venceram as últimas eleições autônomas realizadas na Catalunha, registraram o mesmo desempenho no pleito geral do que em 2016, e mantiveram cinco deputados.
A Catalunha registrou um dos maiores comparecimentos dos eleitores às urnas na história. Em Barcelona, o índice foi de 78,2%.
A participação foi consequência de uma grande mobilização de parte dos eleitores, que consideraram que seus votos poderiam ser decisivos.
Puigdemont assinou o documento que autorizava a convocação de uma votação sobre a independência da Catalunha em setembro de 2017. O movimento foi considerado como ilegal pelo governo central da Espanha, na época liderado por Mariano Rajoy, do PP, que assumiu o controle da região com base em um artigo da Constituição.
O ex-presidente regional da Catalunha está foragido no exterior há mais de um ano. Já Junqueras pode pegar até 25 anos de prisão se for condenado pelo Tribunal Supremo da Espanha.
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