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Pyongyang adverte aos EUA que manobras com Seul afetariam diálogo

16/07/2019 10h22

Seul, 16 jul (EFE).- A Coreia do Norte advertiu os Estados Unidos nesta terça-feira que os exercícios militares conjuntos que Washington planeja realizar com a Coreia do Sul no próximo mês representariam uma "violação" dos compromissos bilaterais e afetariam o diálogo para o desarmamento.

Em comunicado do Ministério das Relações Exteriores norte-coreano divulgado agência estatal "KCNA", o regime criticou essas manobras militares, em um momento em que Washington e Pyongyang discutem o reinício das suas conversas sobre desnuclearização.

Caso Seul e Washington decidam seguir adiante com as chamadas manobras Dong Maeng, previstas para agosto, isto "afetaria as negociações de trabalho" entre os EUA e o Norte, segundo afirma a declaração assinada por um porta-voz de Exteriores norte-coreano.

"Tomaremos uma decisão sobre as reuniões de trabalho depois de observar os movimentos dos Estados Unidos", acrescenta a nota, em referência às manobras consideradas por Pyongyang como um teste de invasão.

Washington e Pyongyang anunciaram que voltarão a realizar sessões de trabalho para conseguir um possível acordo de desnuclearização após a cúpula improvisada do último dia 30 de junho entre o líder norte-coreano, Kim Jong-un, e o presidente americano, Donald Trump, na fronteira intercoreana.

"Menos de um mês depois da reunião em Panmunjeom entre os líderes da Coreia do Norte e dos Estados Unidos, este país está se movimentando para reiniciar os exercícios militares conjuntos que tinha prometido suspender", afirma outra declaração do Ministério de Exteriores norte-coreano também divulgada hoje pela "KCNA".

Esse comunicado adverte que a execução das manobras "seria uma clara violação do espírito" do que foi estipulado entre ambos países, e insta os Estados Unidos a cumprirem seus compromissos.

Washington tinha assinalado seu desejo de retomar em meados desse mês as conversas de trabalho sobre desarmamento com Pyongyang, mas por enquanto não recebeu nenhuma resposta por parte do regime. EFE