Venezuela denuncia retenção de navio com carga de soja; Canal do Panamá nega

Caracas, 7 ago (EFE).- O Governo de Nicolás Maduro denunciou nesta quarta-feira que um navio com 25 mil toneladas de farelo de soja para a produção de alimentos que ia rumo à Venezuela está retido no Canal do Panamá, cujas autoridades, no entanto, negaram a acusação.

Maduro denunciou que a situação se deve ao bloqueio que os Estados Unidos impuseram às propriedades estatais venezuelanas em território americano.

"A Venezuela denuncia ao mundo todo que neste momento está retido no Canal do Panamá um navio que traz 25 mil toneladas de farelo de soja para produção de alimentos no nosso país, atendendo ao criminoso bloqueio imposto por Donald Trump (presidente dos EUA)", disse a vice-presidente venezuelana Delcy Rodríguez via Twitter.

Segundo Delcy, o dono do navio foi informado pela empresa seguradora que estava impedido de transportar a carga para a Venezuela atendendo às punições do governo americano, as quais chamou de ilícitas.

A vice-presidente pediu para as Nações Unidas derrubarem a medida, que, segundo ela, representa uma violação em massa dos direitos humanos de toda a população de seu país e acusou os EUA de tentarem impedir que a população tenha direito a alimentação.

Delcy ainda voltou a acusar o chefe do Parlamento, Juan Guaidó, de pedir sanções contra o país e afirmou que o autodeclarado presidente interino da Venezuela "responderá diante da história por atentar contra a soberania e a integridade" da nação.

A Autoridade do Canal do Panamá (ACP) se pronunciou a respeito e negou que a embarcação esteja retida. "O Canal do Panamá informa que todos os trânsitos programados foram realizados com absoluta normalidade e sem contratempos. Nenhuma embarcação está retida, como circulou em redes sociais durante o dia de hoje", disse a organização através de uma breve mensagem no Twitter. EFE