Na ONU, Irã diz que deu "resposta comedida" a "ataque terrorista" dos EUA
Nações Unidas, 9 jan (EFE) - O embaixador do Irã na ONU, Majid Takht-Ravanchi, disse nesta quinta-feira, durante reunião do Conselho de Segurança, que a resposta de seu país ao "ataque terrorista" dos Estados Unidos foi "proporcional e comedida".
Em uma breve intervenção durante reunião para discutir a crise entre os dois países, Ravanchi também reprovou os Estados Unidos por se negar a emitir visto para que o ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, comparecesse ao encontro.
O diplomata iraniano iniciou o discurso dando condolências às 176 vítimas do avião da companhia aérea Ukraine International Airlines que caiu pouco depois de decolar do aeroporto internacional de Teerã, capital do Irã.
Sobre o caso, respondendo às declarações dos Estados Unidos e do Canadá de que o avião foi derrubado por erro por um míssil iraniano, Ravanchi afirmou que as causas da queda estão sendo investigadas e em breve um relatório com resultados deve ser divulgado.
Antes do discurso, o representante da Ucrânia na ONU, Sergiy Kyslytsya, afirmou que solicitou ao Irã "acesso total" às investigações sobre o acidente e pediu que os envolvidos evitem especulações.
Em comunicado lido em nome de Zarif, o diplomata iraniano disse, em referência aos Estados Unidos, que o mundo está em uma encruzilhada contra o '"fim dos monopólios de poder e um regime descontrolado que está tentando de forma nervosa voltar no tempo".
"O unilateralismo norte-americano gerou danos que, sobretudo, representam um desafio às normas e ao direito internacional", afirmou Ravanchi.
O representante do Irã descreveu o general Qassim Suleimani, morto em um ataque dos Estados Unidos, como um "mártir" e um "herói" que virou "o pesadelo do grupo Estado Islâmico".
"No dia 3 de janeiro se atacou por via armada com covardia o mártir general Soleimani. A isso se seguiu uma resposta proporcional e comedida a este ataque terrorista no exercício do nosso direito à defesa própria de acordo com a Carta das Nações Unidas", afirmou o diplomata.
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