Atentado no sul do Afeganistão mata pelo menos 9 pessoas e deixa 40 feridos
Um atentado realizado hoje nos arredores de uma base das forças de segurança da província de Ghazni, no sul do Afeganistão, e que foi reivindicado pelos talibãs, deixou pelo menos nove mortos e cerca de 40 feridos.
Segundo o escritório do governo regional, o ataque suicida, segundo relato, aconteceu às 4h40 local (21h10 deste domingo em Brasília), na cidade de Ghazni, a capital da província homônima.
O alvo da ação, segundo o escritório do governador, seria uma base da Diretoria Nacional de Segurança, a principal agência de inteligência do país, que foi atingida por um veículo militar roubado, que estava repleto de explosivos.
O Ministério do Interior, no entanto, apontou em nota que o objetivo dos talibãs era atingir "um centro cultural islâmico" na cidade. A pasta confirmou que nove pessoas morreram, assim como o autor do ato, e que houve 40 feridos.
Uma fonte no governo da província de Ghazni, que pediu anonimato, informou que quase todos os mortos eram integrantes das forças de segurança locais. Além disso, relatou que entre os hospitalizados, há vários casos em estado grave.
Os talibãs reivindicaram o atentado, por meio de comunicado, em que garantem ter matado ou feridos "dezenas" de agentes. Segundo Zabihullah Mujahid, porta-voz do grupo, o ataque suicida se trata de uma nova estratégia dos insurgentes, para responder as operações ordenadas pelo presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani.
O chefe de governo determinou que as forças de segurança do país passassem a adotar posição ofensiva, depois que atentados realizados na última terça-feira resultaram na morte de 56 pessoas e deixaram dezenas de feridos.
Atualmente, o Executivo mantém conversações de paz com os talibãs, inclusive já tendo ocorrido trocas de prisioneiros, em processo em que as partes se enxergam com desconfiança.
O responsável por negociar com os insurgentes é Abdullah Abdullah, que após não reconhecer o resultado das eleições de setembro, em que foi derrotado por Ghani, chegou a um acordo ontem pela divisão do poder no país.
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