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Havana adota toque de recolher e mais restrições para conter covid-19

Nas ruas de Havana, os carros antigos dividem espaço com motoristas e moradores mascarados contra o coronavírus - Getty Images
Nas ruas de Havana, os carros antigos dividem espaço com motoristas e moradores mascarados contra o coronavírus Imagem: Getty Images

01/09/2020 19h15

Havana, 1 set (EFE) — Havana, capital de Cuba, será submetida a partir desta terça-feira e pelos próximos 15 dias, as medidas mais restritivas impostas pelo Governo desde o início da pandemia de covid-19, que incluem toque de recolher a partir das 19h (hora local), proibição de sair da cidade e multas pesadas para quem descumprir as ordens.

As autoridades garantem que o aumento dos casos do novo coronavírus na capital — passaram de zero em meados de julho para várias dezenas por dia na segunda quinzena de agosto - justifica as restrições que permanecerão em vigor durante a primeira quinzena de setembro.

Das 19h (hora local) às 5h (hora local), as ruas devem estar vazias e vigiadas pela polícia, que punirá qualquer pessoa que saia a pé ou com seu veículo com multas entre 2 mil e 3 mil pesos cubanos (entre R$ 434 e R$ 651), valor elevado em um país onde o salário médio estadual não chega a US$ 45 (cerca de R$ 244).

No caso de crianças, idosos e pessoas com deficiência, não serão autorizados a sair para rua em nenhum momento; O uso de áreas recreativas e esportivas também será restrito, bebidas alcoólicas não podem ser consumidas em locais públicos e festas de qualquer natureza não serão permitidas.

Da mesma forma, a entrada e saída de Havana são proibidas em todos os momentos, por isso a cidade foi isolada do resto do país e só pode ser abandonada por motivos excepcionais.

As novas medidas serão mantidas além do próximo dia 15, caso não seja possível conter a disseminação da covid-19, que acumula 4.065 casos e 95 mortes desde março.

Hoje, Cuba registrou uma vítima e 33 novos positivos, 23 deles em Havana.

Devido a esta situação, Havana não começou o ano letivo hoje como o resto de Cuba e nem pretende abrir suas fronteiras até que saia desta crise sanitária.