Alemanha pode ter recorde de ocupação nas UTIs em menos de um mês
Berlim, 2 nov (EFE).- As unidades de terapia intensiva (UTIs) registrarão, em menos de um mês, o recorde de internações por covid-19 desde o início da propagação do novo coronavírus no país, garantiu, em entrevista publicada neste domingo, Gerald Gass, presidente da Sociedade Alemã de Hospitais.
"Em duas ou três semanas, superaremos a quantidade máxima de pacientes que tivemos em abril. É algo que já não podemos evitar", disse o dirigente da entidade ao jornal local "Bild".
Gass destacou que as pessoas que serão internadas nas UTIs dentro desse período, estão atualmente infectadas. A Alemanha, no sábado, registrou recorde no contágio desde o princípio da pandemia, com mais de 19 mil casos de infecção pelo novo coronavírus.
Atualmente na Alemanha, 20.950 leitos estão ocupados, e 7.970 são considerados livres. De acordo com o presidente da Sociedade Alemã de Hospitais, no entanto, esse número não é um retrato fiel da realidade nas unidades de saúde.
"O número de leitos livres se refere apenas a camas e aparelhos, não a se existe pessoal especializado disponível", alertou.
Segundo Gass, será preciso recorrer a equipes que não atuam habitualmente em unidades de terapia intensiva.
"Naturalmente, isso não é ótimo, mas em situação de exceção, é justificável", avaliou.
Ontem, o porta-voz da Associação Interdisciplinar de Cuidados Intensivos e Medicina de Urgência, Christian Karagiannidis, explicou que muitos leitos aparecem como livres, mas não podem ser utilizados, justamente pela falta de pessoal.
"Está sendo criada uma falsa sensação de segurança", admitiu.
De acordo com a Associação Interdisciplinar, o número de pacientes com covid-19 nas UTIs, neste domingo, era de 2.061, quase o triplo de duas semanas antes (769), sendo que 1.086 deles respiram com ajuda de aparelhos.
Boletim de covid-19 na Alemanha
A Alemanha registrou nesta segunda-feira 12.097 casos de infecção pelo novo coronavírus, de acordo com balanço mais recente do Instituto Robert Koch. Com isso, o total desde o início da pandemia saltou para 166.500.
A quantidade é mais baixa do que a de dois dias atrás, quando 19.059 notificações foram contabilizadas, um recorde desde que o patógeno que provoca a covid-19 começou a se espalhar.
A redução, no entanto, é justificada pelo Instituto Robert Kock pela demora de alguns estados federados a concluir a comunicação dos dados referentes ao fim de semana.
Além disso, o número total de mortes na Alemanha por covid-19 subiu para 10.530, com os 49 falecimentos notificados ontem.
No país, atualmente, 166.500 casos são considerados ativos, seja de pessoas que estão assintomáticas, em casa, ou quem está hospitalizado em estado grave ou crítico nos hospitais.
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