Comissária da ONU pede calma para evitar confrontos após eleições no Peru
A Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, pediu nesta segunda-feira para os atores políticos e sociais do Peru permanecerem calmos e evitarem que as tensões sobre a disputa eleitoral da semana passada se transformem em confrontos.
"Estou preocupada em ver como o que deveria ser uma celebração da democracia está se tornando um foco de divisão, o que está criando uma fratura crescente na sociedade peruana, com implicações para os direitos humanos", declarou a ex-presidente do Chile em nota oficial.
A alta comissária solicitou que a sociedade peruana respeite os resultados das autoridades eleitorais e, assim, reduzir a fratura social que divide o país após a votação de 6 de junho. Com 99,935% dos votos apurados, Pedro Castillo, do Partido Peru Livre, tem 49.400 fotos de vantagem sobre Keiko Fujimori, da Força Popular.
"As instituições eleitorais e as decisões que elas tomam devem ser respeitadas e aceitas. Se as regras da democracia não forem aceitas antes, durante e depois das eleições, a coesão social poderá rachar perigosamente", advertiu.
Até agora, Castillo recebeu 8.833.185 votos, e Keiko, 8.783.765, o que em votos válidos representa 50,14% e 49,86%, respectivamente.
Para conhecer os resultados finais da corrida, as autoridades eleitorais ainda precisam rever as atas pendentes, bem como as centenas de petições de anulação, a maioria das quais foram apresentadas pela candidata da direita, que denunciou fraudes em vários locais de votação.
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