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Venezuela acusa Brasil de apoiar "ataques de mercenários"

A declaração de Jorge Arreaza foi feita depois de o governo brasileiro ter criticado a prisão do ex-deputado opositor Freddy Guevara - Kirill Kudryavtsev/AFP
A declaração de Jorge Arreaza foi feita depois de o governo brasileiro ter criticado a prisão do ex-deputado opositor Freddy Guevara Imagem: Kirill Kudryavtsev/AFP

13/07/2021 13h29

Caracas, 12 jul (EFE).- O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, acusou o governo do Brasil de apoiar "ataques de mercenários" contra seu país.

A declaração foi feita depois de o governo brasileiro ter criticado a prisão do ex-deputado opositor Freddy Guevara, aliado de Juan Guaidó, ex-presidente do Parlamento e autoproclamado chefe do governo venezuelano.

"A antidiplomacia sequestrou a Chancelaria do Brasil. Apoia os ataques de mercenários contra a Venezuela, dá refúgio a militares que geraram violência no estado de Bolívar. Hoje se soma ao show dos violentos. Parece que (o ex-chanceler) Ernesto Araújo ainda é o ministro das Relações Exteriores", disse Arreaza no Twitter.

A mensagem foi uma resposta às críticas do governo de Jair Bolsonaro à prisão de Guevara e a atos de "intimidação" contra Juan Guaidó, líder opositor que o Brasil, junto com outros países, reconhece como presidente interino da Venezuela.

Mais cedo, a Colômbia também se manifestou contra a prisão de Guevara, e Arreaza respondeu de forma semelhante.

"Não é surpreendente que o governo colombiano apóie terroristas venezuelanos e venezuelanos violentos. A Colômbia tem se envolvido em todas as ações contra a paz da Venezuela e de outros povos. Ela exporta mercenários, financia assassinatos e atos de comoção política e social", afirmou Arreaza.

Guevara, que foi acusado de instigar os protestos contra o governo de Nicolás Maduro em 2017, foi indultado por decreto presidencial em 31 de agosto do ano passado. Em 9 de setembro, ele deixou a Embaixada do Chile em Caracas, onde se refugiou em 4 de novembro de 2017 após ser acusado de promover as manifestações.