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Venezuela tem eleição regional; Maduro pede que candidatos respeitem resultados

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, passará por teste nas eleições regionais da Venezuela hoje - Mexico"s Presidency/REUTERS
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, passará por teste nas eleições regionais da Venezuela hoje Imagem: Mexico's Presidency/REUTERS

21/11/2021 01h05

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu para que todos os políticos e candidatos das eleições locais e regionais de domingo respeitem os resultados das urnas. O pleito elegerá novos nomes para 23 governos estaduais e 335 prefeituras.

"Peço com lealdade a todos os líderes políticos, líderes partidários e a todos os candidatos para que respeitem os resultados eleitorais emanados da soberania do povo e emitidos oficial e legalmente pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE)", disse ema reunião com convidados especiais para as eleições.

Maduro também solicitou que os venezuelanos reconheçam os resultados do que disse ser "o melhor sistema eleitoral do mundo" e assegurou que vai às eleições "com um juramento de respeito e lealdade" para com o povo, a Constituição e o CNE.

"Faço um pedido a partir desta reuniã a todos os candidatos: preparem-se para votar mais cedo", declarou ao auditório, que incluía, entre outros, o político espanhol Juan Carlos Monedero e a ex-senadora colombiana Piedad Córdoba, que aplaudiram o discurso.

Sem dualidade

Durante o discurso, Maduro denunciou que em 2019 "se pretendia haver uma dualidade de poder" na Venezuela, em referência à autoproclamação do então presidente do Parlamento, Juan Guaidó, como presidente interino, uma decisão que teve o apoio de vários países.

"Na era do (ex-presidente americano Donald) Trump, uma dualidade do poder presidencial era muito fortemente fingida, mas com o passar dos dias tudo chegava aonde tinha de chegar, à verdade. Na Venezuela há apenas um presidente constitucional", ressaltou.

Na opinião do governante, "uma dualidade parlamentar" também foi simulada após as eleições legislativas de 2020 que levaram à eleição de uma nova Assembleia Nacional (NA).

Guaidó e um pequeno número de ex-deputados rejeitaram aquelas eleições e mantêm as reuniões de uma comissão delegada, uma figura utilizada durante períodos muito específicos e curtos da AN, como uma prorrogação do Parlamento anterior.

Maduro não mencionou que durante o mandato da AN anterior, que tinha grande maioria da oposição, solicitou uma Assembleia Nacional Constituinte composta apenas por chavistas, que funcionou em paralelo com o Parlamento e que, de fato, assumiu grande parte das funções do Legislativo.

Levando isto em conta, afirmou que a AN eleita em 2020, e que começou a trabalhar em 5 de janeiro de 2021, "tem o seu papel constitucional" e, portanto, "entrou para designar poderes públicos", como o CNE.

Por esta razão, considerou que aqueles que se registraram para as eleições locais e regionais, assim como os eleitores, reconhecem o novo Parlamento.

"Qualquer pessoa que vote como candidato (ou) como eleitor amanhã, domingo, com a sua participação, está apoiando o CNE eleito pela AN em vigor e presidida pelo doutor Jorge Rodríguez", concluiu.