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Presidente do México diz que cuida de mulheres 'por convicção, não por moda'

O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, durante coletiva de imprensa - Hector Vivas/Getty Images
O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, durante coletiva de imprensa Imagem: Hector Vivas/Getty Images

Cidade do México

25/11/2021 18h35

O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, afirmou nesta quinta-feira que o governo cuida das mulheres "por convicção, não por moda", ao ser perguntado sobre seu compromisso com a causa neste Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher.

"Vamos continuar cuidando e protegendo as mulheres e enfrentando e combatendo o feminicídio, toda a violência contra as mulheres, por convicção, não por moda, porque nos últimos tempos os conservadores se tornaram feministas, claro, pura hipocrisia", declarou.

O México enfrenta uma crise de violência de gênero, com mais de dez mulheres assassinadas todos os dias e um aumento de mais de 28% do crime de estupro neste ano.

López Obrador gerou atrito com o movimento feminista por ter rejeitado as suas reivindicações, mas nesta quinta-feira disse que "o compromisso para com as mulheres é protegê-las, para não deixá-las desamparadas".

"Reafirmar as nossas convicções de sempre, pois durante muito tempo dedicamos o nosso trabalho a proteger e defender os humildes, os sem-teto, as mulheres, as viúvas", disse o mandatário em entrevista coletiva matinal em Zacatecas, no centro-norte do país.

O presidente declarou que o seu governo promoveu a paridade de gênero, recordando que na quarta-feira nomeou Victoria Rodríguez Ceja para ser a primeira mulher a governar o Banco do México (Banxico).

Também frisou que nesta semana o Senado ratificou a sua nomeada Loretta Ortiz para ser a próxima ministra da Suprema Corte de Justiça da Nação (SCJN), que pela primeira vez terá quatro dos seus 11 cargos ocupados por mulheres. López Obrador mencionou ainda a paridade de gênero que existe no Senado e na Câmara dos Deputados.

"No campo da participação política, cabia a nós fazer um avanço para que a equidade fosse garantida e as mulheres pudessem participar", argumentou.