Brancos receberam R$ 14,75 mi do fundo eleitoral para negros e mulheres

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Mais de 200 candidatos homens brancos receberam parte ou toda parte do que candidatos negros e mulheres obtiveram do FEFC (Fundo Especial de Financiamento e Campanha), mostra levantamento exclusivo do UOL realizado com base nos dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Ao todo, foram transferidos, sem justificativa, R$ 10,2 milhões por 88 candidatos negros e 61 mulheres.

Esta é a primeira eleição em que funcionou a divisão equalitária de verba eleitoral com recorte de gênero e raça. Por fazer parte de uma ação afirmativa, o recurso financeiro não pode ser dividido, a não ser que beneficie as duas campanhas, como em ações "casadas" com a presença dos dois candidatos em cards de redes sociais, fotografias, vídeos ou aparições em programas de TV. Como não houve justificativa para R$ 10,2 milhões enviados por cotistas, o sistema do TSE exibiu o registro "#NULO#".

O governador eleito do Pará Helder Barbalho (MDB-PA) é o líder do top 5 de candidatos brancos homens que mais gozaram do FEFC, recebendo R$ 300 mil de sua mãe, Elcione Therezinha Zahluth Barbalho (MDB), que se elegeu deputada federal no Pará. Do lado dos homens negros que enviaram parte do FEFC sem justificar a homens brancos, o campeão é o Major Vitor Hugo (PL), que disputou sem sucesso o governo de Goiás e doou R$ 830 mil a 19 candidatos.

Para a coordenadora-adjunta da Abradep (Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político), Ana Márcia Mello, o uso irregular de verba tem várias consequências:

• dificulta a transparência sobre gasto eleitoral;
• restringe a efetividade da política afirmativa;
• pode resultar na cassação dos envolvidos.

Neste ano, o Fundo Eleitoral teve o valor recorde de R$ 4,9 bilhões. Saiba como a verba é dividida.

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CULTURA BLACK... Com mais de 40 anos de carreira, Dom Filó participou do movimento político-social Black Rio e agora quer criar a "Netflix negra". O produtor cultural quer engrandecer a Cultne, sua produtora, que tem o maior acervo audiovisual negro do país.

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ÁFRICA... Em clima de Copa do Mundo, Ecoa explica por que mais de dez bandeiras de nações do continente africano têm as mesmas cores: vermelho, amarelo e verde.

REI DO FUTEBOL... Pelé está internado em São Paulo desde a última terça (29). Aos 82 anos, ele foi diagnosticado com infecção respiratória e câncer de cólon. VivaBem explica sobre essas enfermidades.

FUTURO... Com 23 anos, Mbappé, jogador da seleção da França, iguala marcas dos maiores artilheiros em Copas do Mundo. Saiba mais sobre os feitos do jovem jogador.

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DANDO A LETRA

Não interessa que o ouro não vá acrescentar sabor algum à carne, mas interessa esse fetiche capitalista de engolir a riqueza."
Jeferson Tenório, colunista do UOL

Em Notícias, Jeferson Tenório analisa a cena do ex-jogador Ronaldo e alguns jogadores da seleção brasileira comendo carne folheada a ouro no Qatar, e Chico Alves repercute a crítica de Padre Júlio Lancellotti ao ato, em meio à fome no Brasil.

O ato de vandalismo é resultado da intolerância religiosa que tem como alvo terreiros de candomblé e outros monumentos da cidade dedicados a lideranças da religião de origem negra. Esta mesma escultura de Mãe Stella já havia sofrido pichações em 2019, quando teve uma placa arrancada."
André Santana, colunista do UOL

Também em Notícias, André Santana conta que a Estátua de Mãe Stella de Oxóssi, símbolo do candomblé, foi incendiada em Salvador.

Em VivaBem, Alexandre da Silva reflete sobre os códigos de vestimentas para pessoas mais velhas e sugere liberdade para usar roupas curtas e justas.

Em Universa, Cris Guterres abre a coluna para Reeh Ribeiro, palestrante e consultora em comunicação, para falar sobre as diversas formas de solidão da mulher negra.

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PEGA A VISÃO

Mais de 50% da população brasileira é negra e você não vê um negro nesse movimento. Isso já mostra a posição que eles ocupam."
Danilo Oliveira, vice-presidente da Gaviões da Fiel

Danilo Oliveira, conhecido como Biu, o representante de uma das maiores torcidas organizadas de futebol do Brasil, critica o Movimento Verde Amarelo (MVA), que vem acompanhando o Brasil na Copa do Mundo no Qatar. Na sua opinião, enquanto as torcidas organizadas dos clubes são oriundas da periferia e da classe trabalhadora, o MVA é uma torcida de elite, pouco empolgante nas arquibancadas e que não representa o Brasil, por não ter pessoas negras.

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SELO PLURAL

No episódio #107 de Papo Preto, a socióloga Najar Costa explica o que é a autodeclaração de cor e o que é ser negro no Brasil, levando em conta a definição do IBGE para mapeamento da população e a criação de políticas públicas.