Fila do INSS tem 7 milhões de pessoas e meses de espera

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Descaso com direitos à saúde e assistência. Mais de 7 milhões de pessoas no Brasil estão na fila do INSS à espera de aposentadoria, pensão ou outro tipo de benefício. O tempo médio entre a entrada do pedido e a liberação é de 70 dias, segundo o governo federal, mas em estados como Piauí, Alagoas, Sergipe, Mato Grosso e Tocantins, o tempo de espera supera quatro ou cinco meses.

A decadência do sistema já dura uma década. Em junho de 2013, o tempo médio de espera era de 23 dias. Em junho deste ano, foram liberados cerca de 460 mil benefícios. Especialistas e entidades afirmam que o gargalo está no número reduzido de servidores do INSS. O governo reconhece o problema e diz que investe em medidas como bônus, fim de perícia e automatização. Em dez anos, o número de servidores caiu de 39 mil para 19 mil. O Ministério da Previdência Social afirmou que a fila é causada pela demanda "significativamente maior" do que a atual capacidade de análise do órgão.

Bomba prestes a explodir nas prisões. O sistema prisional e socioeducativo de Santa Catarina passou recentemente por uma troca de comando. Há problemas graves dentro e fora dos muros das unidades. Ofício elaborado pelo Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate a Tortura (MNPCT) em agosto, ao qual o UOL teve acesso, indica transferências indevidas, denúncias de torturas e condições insalubres nas celas. Jovens detidos correm risco de aliciamento por membros de facções como o PCC.

"Quando existe uma engrenagem falha, o sistema é alimentado até chegar à falência, numa perspectiva de massacre. Temos um sistema insalubre, superlotado e o único estado do país que não permite que os familiares levem as sacolas", denuncia a perita Barbara Suelen Coloniese. As sacolas trazem itens de higiene e comida para os presos. Leia aqui.

O caminho de Faustão até o transplante. No domingo (27), o apresentador Fausto Silva, aos 73 anos e com graves problemas de saúde, conseguiu um coração novo por meio de transplante. É uma notícia boa, para comemorar, quando um adulto ou criança de qualquer país da Terra, após angustiante espera, consegue um órgão: rins, fígado, córnea, coração. São chances de sobrevivência.

A cirurgia é complicada e correu bem. Foi um longo caminho, como mostra reportagem de Splash. Faustão estava internado com insuficiência cardíaca desde 5 de agosto, e entrou na fila do transplante três dias depois, segundo a família. O marcapasso estava lá desde o final de 2020. Leia aqui.

Novos impostos para os super ricos. Em cerimônia no Palácio do Plananto, na segunda (28), o presidente Lula assinou medida provisória para taxar rendimentos de fundos exclusivos e enviou projeto de lei para tributar offshores, as empresas abertas no exterior onde a tributação é reduzida.

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As duas medidas buscam obter novas receitas a fim de compensar a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda. Veja como fica a tabela.

Djokovic e Bia Haddad avançam no US Open. Ao longo deste ano, a torcida para Bia Haddad precisou desenvolver um humor específico. Vale qualquer piada, qualquer trocadilho, afinal serão três horas de partida com o "modo sofrimento" ligado. A segunda (28) foi dia de vitória na abertura do US Open, em Nova York, e as redes sociais explodiram. "Ela já sabe que vencer por 2 a 0 não é ilegal?" ou "Eu era uma pessoa feliz, que via tênis por prazer. Daí chegou a Bia".

"No fim, a coragem da paulista de 27 anos foi recompensada junto com sua capacidade de jogar bem os pontos importantes", escreve Alexandre Cossenza em Saque e Voleio. Na quarta (30), Bia enfrenta a norte-americana Taylor Townsend, enquanto Luisa Stefani e Ingrid Martins fazem a primeira rodada com suas respectivas duplas. Paulista de Campinas, Felipe Meligeni joga hoje a partir das 12h, contra o australiano James Duckworth. Djokovic venceu ontem por 3 sets a 0 e volta ao topo do ranking.

Gelo derrete e deixa filhotes de pinguins sem chão. Em condições normais de temperatura e pressão, a reprodução de pinguins-imperadores é bastante difícil. O macho protege o ovo, a fêmea enfrenta o mar em busca de comida e os filhotes que sobrevivem levam meses para caminhar, correr e desenvolver pelagem que permita nadar em águas geladas. No final de 2022, este ciclo se interrompeu de forma catastrófica.

Em quatro ou cinco colônias, todos os filhotes morreram afogados ou congelados devido ao sumiço precoce do gelo marinho por conta das mudanças climáticas. Jeremy Wilkinson, físico do British Antartida Survey, fala em rápida aniquilação do ecossistema. Para Peter Fretwell, autor do estudo que lançou o alarme, a perda nesta escala é inédita. "Sabemos que os pinguins-imperadores são altamente vulneráveis num clima mais quente, e as evidências atuais sugerem que eventos extremos se tornarão mais frequentes". Leia em Ecoa.

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