Nós Negros: Pioneiros, Tony Tornado e Alaíde Costa seguem inspirando a MPB

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Com shows dedicados ao hit "BR-3", com o qual venceu a fase brasileira do 5º Festival Internacional da Canção, em 1970, Tony Tornado segue a estrada da vida em alto astral. Na marca dos 80 anos de carreira, e 93 de vida, o cantor e ator continua se aventurando nos palcos e nas telas mesmo depois de gravar quatro discos (dois solos), participar de 30 filmes e 40 projetos de TV.

Nascido em maio de 1930 no Mirante do Paranapanema (SP), Tornado tem uma trajetória digna de cinema: aos 14 anos foi morar nas ruas do Rio de Janeiro engraxando sapatos e foi paraquedista voluntário do Exército - período em que conheceu Silvio Santos, na época, cabo Abravanel.

Depois da fase militar, inspirado no rei do twist Chubby Checker, partiu para outro ramo: sob o nome artístico Toni Checker, uniu-se ao Grupo Folclórico Brasiliana, passando por países como Rússia e Angola, até chegar em Nova York e fugir do grupo pra ficar por lá mesmo. De volta ao país, Tony Tornado foi um dos responsáveis por mesclar o Funk Music que aprendeu nos EUA com o molejo brasileiro.

Quem também segue brilhando nos palcos é a cantora Alaíde Costa, grande nome da bossa nova e do samba. Próximo de completar 88 anos, ela iluminou o palco do Carnegie Hall, em Nova York, para fazer o show que foi impedida de fazer há 60 anos, quando nomes como João Gilberto, Tom Jobim, Sérgio Mendes, Carlos Lyra, Roberto Menescal, entre outros homens, apresentaram o gênero musical ao mundo. Mesmo participando ativamente da movimentação artística na época, ela não foi convidada para o momento icônico.

"Eu era muito ingênua e não me passava essa coisa do racismo. Hoje eu tenho certeza que foi por isso" Alaíde Costa

Descoberta no programa de Ary Barroso, em 1955, Alaíde Costa lançou preciosidades como o álbum "Joia Moderna" (1961) e "Me Deixa em Paz" em dueto com Milton Nascimento, no disco "Clube da Esquina" (1972). Nos últimos anos, vive o auge de carreira.

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Laura da Cruz, do projeto se reciclagem Cataki
Laura da Cruz, do projeto se reciclagem Cataki Imagem: Divulgação

"Todo mundo tem o direito de aprender sobre reciclagem. Minha família está orgulhosa de mim por causa da minha história e a oportunidade de estar nas redes sociais. Mas o que importa para mim é lembrar que catador não é invisível." Laura da Cruz, 61 anos

Com mais de 80 mil seguidores no perfil do projeto Cataki, a catadora Laura da Cruz, de 61 anos, tem um público fiel para os seus vídeos simpáticos com dicas de reciclagem. O sucesso veio depois de uma longa trajetória. Há 8 anos, ela decidiu sair de Belém do Pará para refazer a vida na capital paulista. Ecoa conta mais dessa história!

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