Annan critica falta de unidade de Conselho da ONU sobre Síria

Stephanie Nebehay e Tom Miles

Em Genebra

O mediador internacional Kofi Annan expressou frustração nesta quinta-feira com o fracasso das potências mundiais na tentativa de chegar a um consenso sobre a Síria, após China e Rússia vetarem uma resolução no Conselho de Segurança da ONU proposta pelo Ocidente que ameaçava impor sanções a autoridades sírias.

A crise na Síria em fotos
A crise na Síria em fotos

"O enviado especial Conjunto para a Síria, Kofi Annan, está frustrado que, neste momento crítico, o Conselho de Segurança da ONU não pôde se unir e tomar a ação forte e em comum acordo que ele havia pedido e esperava que fosse tomada. Ele acredita que a voz do Conselho é muito mais poderosa quando seus membros atuam como um só", disse o porta-voz de Annan, Ahmad Fawzi, em comunicado divulgado em Genebra.

Crítica americana

Os Estados Unidos criticaram os vetos, considerando a medida "altamente lamentável" e "altamente infeliz".

"Eles estão do lado errado do povo sírio, o lado errado da esperança pela paz e estabilidade na região", disse o porta-voz da Casa Branca Jay Carney a repórteres depois que os vetos foram feitos em Nova York. "Essa foi uma decisão altamente lamentável."

Carney, a bordo do avião presidencial Air Force One a caminho da Flórida junto com o presidente Barack Obama, também disse que os Estados Unidos não apoiam a extensão de uma missão de observação da ONU na Síria, após o fracasso da resolução apresentada pelos países ocidentais.

Ele disse que os Estados Unidos deixaram claro para o governo do presidente sírio, Bashar al-Assad, que vai ser "levado em conta" se ele usar armas químicas contra os rebeldes da oposição que lutam há 16 meses para derrubá-lo do poder.

(Matt Spetalnick, a bordo do Air Force One)

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