Grupo ameaça fazer mais ataques depois de ação na Argélia, diz serviço
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AFP/Sahara Media
Imagem divulgada pela Sahara Media mostra Mokhtar Belmokhtar, líder da Brigada Al-Mulathameen, fazendo um discurso. Ele disse que o grupo pode fazer novos ataques contra países que apoiam a intervenção francesa no Mali. A brigada sequestrou na quarta-feira (16) um campo de gás em In Amenas, no sudeste da Argélia. A retomada de controle do local, realizada pelo Exército argelino, deixou 25 reféns mortos
A Brigada Mulathameen, que assumiu a autoria pelo sequestro em massa na Argélia, ameaça realizar mais ataques caso as potências ocidentais mantenham o que o grupo chamou de agressão a muçulmanos no Mali, segundo o serviço de monitoramento Site.
Em um comunicado nesta segunda-feira (21), o grupo ligado à Al Qaeda afirmou que os sequestradores ofereceram uma saída negociada para a libertação dos reféns no complexo de exploração de gás na Argélia, mas autoridades do país usaram a força militar, informou o Sute.
Entenda a relação entre o sequestro na Argélia com a intervenção francesa no Mali
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Em 11 de janeiro, a França se declarou em "guerra contra o terrorismo" no Mali e interveio militarmente na nação africana, a pedido do governo local. O objetivo era combater grupos extremistas que controlam várias regiões do país.
No sábado (19), o sequestro acabou com uma ação final do Exército argelino.
O comunicado foi publicado pela agência de notícias Nouakchott, com sede na Mauritânia, segundo o Site, que rastreia comunicados de militantes.
A Brigada Mulathameen informou que tentaria novos ataques como o do complexo de gás se não for interrompido o envolvimento militar ocidental no norte do Mali, região chamada de Azawad pelos militantes, onde forças militares francesas estão em combate para colocar fim ao controle de grupos islamitas.
"Nós prometemos a todos os países que participaram na cruzada contra a região de Azawad que nós vamos realizar mais operações se não reverterem a sua decisão", disse o comunicado.
O número de mortos na ação com reféns na Argélia, que durou quatro dias, chegou a quase 60.