Iêmen diz que frustrou plano da Al Qaeda de tomar cidade do sul do país
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AFPTV/AFP
Passageiros embarcam no Aeroporto Internacional de Sanaa para deixarem o Iêmen, na terça-feira (6)
Forças de segurança do Iêmen frustraram um plano da Al Qaeda para atacar uma cidade ao sul do país e destruir instalações de exportação de gás, disse um funcionário do governo nesta quarta-feira (7).
Rajeh Badi, assessor de imprensa do premiê iemenita, Mohammed Salem Basindwa, disse que o plano envolvia o uso de dezenas de militantes da Al Qaeda vestidos com uniformes do Exército do Iêmen para invadir e tomar as instalações na noite do 27º dia do Ramadã, que foi no domingo (4). Nos dois portos ao sul do país, estão concentradas as operações de exportação, onde trabalham muitos estrangeiros.
Os planos da Al Qaeda foram descobertos após os EUA anunciarem o fechamento de embaixadas em vários países árabes e africanos, no domingo. O motivo foi que os serviços de inteligência americanos detectaram um elevado nível de ameaça de atentados contra as representações diplomáticas destes países por parte da milícia islâmica.
O nível de segurança no Iêmen permanece elevado, com centenas de veículos blindados posicionados em frente a locais estratégicos.
"Ocorreram tentativas de controlar cidades-chave no Iêmen, como Mukala e Bawzeer. Essas tentativas seguiram os ataques coordenados de membros de Al Qaeda contra os gasodutos das cidades de Shebwa e Belhaf", afirmou Badi. Segundo ele, terroristas mascarados de soldados estariam posicionados em portos, aguardando um sinal para invadir os gasodutos e tomar o controle dos locais.
Os ataques seriam conduzidos como vingança para a morte de um membro de alto nível de Al Qaeda no Iêmen, Said al-Shihri, durante um ataque de drones ocorrido em novembro de 2012.
Drones matam sete
Pelo menos sete supostos membros de Al Qaeda morreram no Iêmen nesta quarta-feira (7), após um ataque de um drone, provavelmente norte-americano. Esse foi o quinto ataque realizado por aeronaves não tripuladas desde o dia 28 de julho, provocando no total 24 mortos.
Segundo o jornal norte-americano "Washington Post", o presidente dos EUA, Barack Obama, autorizou uma série de ataques com drones no Iêmen nos últimos 10 dias, na tentativa de destruir o complô terrorista que provocou o fechamento de 22 sedes diplomáticas dos EUA em vários países.
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