Grupo de Lima faz apelo a Maduro para não assumir Presidência; México não assina comunicado
O México rejeitou juntar-se a seus colegas regionais nesta sexta-feira no apelo ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro, para que não tome posse este mês, a primeira vez em que não assinou uma declaração do Grupo de Lima, bloco criado para pressionar Caracas a fazer reformas democráticas.
O México era um dos principais críticos de Maduro. Mas os laços entre os dois países ficaram mais estreitos sob o presidente de esquerda Andrés Manuel López Obrador, que enfrentou críticas por convidar Maduro para sua posse no mês passado.
O México disse ao Grupo de Lima que prefere manter seus canais diplomáticos com Caracas abertos para ajudar a encontrar uma solução para a crise política do país sul-americano, segundo uma fonte do governo que pediu para não ser identificada.
O México continuará fazendo parte do Grupo de Lima, afirmaram a fonte e um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do México.
Os 13 integrantes restantes do Grupo Lima, que incluem Canadá, Brasil, Argentina, Colômbia, Chile e Peru, disseram que não reconheceriam o novo mandato de Maduro porque a eleição do ano passado não foi livre ou justa, segundo comunicado conjunto que assinaram.
Esses países classificaram como "ilegítimo" o novo mandato de Maduro, que começará em 10 de janeiro, e o exortou a "não assumir a Presidência, respeitar as atribuições da Assembleia Nacional e transferir a ela, provisoriamente, o Poder Executivo até que novas eleições presidenciais democráticas sejam realizadas".
Eles também concordaram em reavaliar suas relações diplomáticas com a Venezuela e impedir que autoridades venezuelanas de alto escalão entrem em seu território segundo suas leis nacionais permitam, de acordo com o comunicado.
O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, disse no Twitter que o Grupo de Lima recebe ordens do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Já Ernesto Araújo, ministro das Relações Exteriores empossado nessa semana, afirmou em seu perfil que a proposta de não aceitar a legitimidade de Maduro foi brasileira. "Oportunidade histórica para redemocratizar a Venezuela", escreveu Araújo.
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