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Líder de Hong Kong diz que manifestantes de protestos recentes são "agitadores"

13.jul.2019 - Manifestantes em Hong Kong entraram em confronto com a polícia neste sábado em Sheung Shui, uma cidade perto da fronteira com a China continental - Tyrone Siu/Reuters
13.jul.2019 - Manifestantes em Hong Kong entraram em confronto com a polícia neste sábado em Sheung Shui, uma cidade perto da fronteira com a China continental Imagem: Tyrone Siu/Reuters

Por Vimvam Tong e Anne Marie Roantree

Em Hong Kong

15/07/2019 09h09

A líder de Hong Kong, Carrie Lam, disse hoje que os manifestantes que entraram em confronto com a polícia no final de semana são agitadores, um termo legalmente tendencioso na cidade, e apoiou as ações da polícia para aplicar a lei e perseguir os responsáveis pelos distúrbios.

Carrie fez os comentários em um hospital no qual visitou três policiais feridos nos distúrbios violentos de domingo entre a polícia e manifestantes revoltados com um projeto de lei de extradição.

Ao longo do último mês, Hong Kong foi abalada por protestos de rua grandes e às vezes violentos contra o projeto de lei de extradição, que muitos moradores veem como uma ameaça às suas liberdades, mergulhando a ex-colônia britânica em sua maior crise política desde que foi devolvida à China em 1997.

"Agradecemos aos policiais por manterem a ordem social fiel e profissionalmente, mas eles sofreram em ataques destes agitadores -- eles podem ser chamados de agitadores", disse ela.

Como mais protestos são esperados nos próximos dias e semanas, existe o risco de seus comentários elevarem a tensão.

Alguns ativistas têm exigido que o governo evite usar o termo "tumulto" para se referir aos protestos. Uma condenação por tumulto no polo financeiro pode acarretar uma pena de 10 anos de prisão.

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Dezenas de milhares de pessoas participaram do protesto de domingo, que terminou em caos em um shopping center onde centenas de manifestantes atiraram guarda-chuvas, capacetes e garrafas de plástico em policiais que lançaram spray de pimenta e usaram porretes.

Carrie disse que mais de 10 policiais ficaram feridos e que seis foram hospitalizados.

Segundo a informação do governo, 28 pessoas, incluindo policiais, ficaram feridas.

O chefe de polícia, Stephen Lo, disse na noite de domingo que mais de 40 pessoas foram presas devido a acusações como agressão a policiais e reunião ilegal.

O chefe de segurança, John Lee, disse que o governo está preocupado com uma escalada aparente da violência por parte de ativistas que atiraram tijolos e barras de ferro.

"Descobrimos que as pessoas que atacaram a polícia são muito organizadas... elas são bem planejadas e existem planos de causar danos e perturbar a estabilidade social deliberadamente", afirmou Lee ao visitar o hospital com Carrie.

(Reportagem adicional de Greg Torode, Donny Kwok, Felix Tam e John Ruwitch)

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