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Polícia da Itália apreende míssil em operação contra neonazistas

Por Crispian Balmer

Em Roma

15/07/2019 14h46Atualizada em 17/07/2019 11h59

A polícia italiana apreendeu uma grande quantidade de armas, incluindo um míssil, em uma operação contra simpatizantes do neonazismo, disseram autoridades hoje.

Forças policiais de elite revistaram propriedades no norte da Itália após uma investigação sobre italianos que haviam lutado no leste da Ucrânia. A polícia não informou se eles estavam ao lado de forças separatistas apoiadas pela Rússia ou de forças ucranianas.

Três homens foram presos, incluindo um funcionário da alfândega que já concorreu ao Parlamento por um partido de extrema-direita.

Durante a operação, a polícia encontrou um míssil ar-ar Matra, de fabricação francesa, que aparentemente pertenceu às Forças Armadas do Catar. Verificações subsequentes mostraram que a arma estava em condições de funcionamento, mas não possuía carga explosiva.

Durante a operação, a polícia encontrou um míssil ar-ar Matra, de fabricação francesa, que aparentemente pertenceu às Forças Armadas do Catar - Polizia di Stato via Reuters - Polizia di Stato via Reuters
Durante a operação, a polícia encontrou um míssil ar-ar Matra, de fabricação francesa, que aparentemente pertenceu às Forças Armadas do Catar
Imagem: Polizia di Stato via Reuters

A polícia disse que os suspeitos tentaram vender o míssil em conversas com contatos no aplicativo de mensagens WhatsApp.

Entre outras armas encontradas estavam 26 pistolas, 20 baionetas, 306 peças de armas, incluindo silenciadores e miras de fuzil, e mais de 800 balas de vários calibres. As armas eram principalmente da Áustria, Alemanha e Estados Unidos.

A polícia também apreendeu memorabilia nazista das propriedades que foram alvos da operação.

"A investigação policial ... surgiu por causa das atividades de alguns combatentes italianos de origem extremista que participaram do conflito armado na região ucraniana de Donbass", disse a polícia.

Mais de 10.000 pessoas foram mortas desde 2014 na luta entre separatistas pró-russos e forças ucranianas no leste da Ucrânia.

Errata: este conteúdo foi atualizado
A versão original desta matéria informou que os italianos presos lutavam ao lado de grupos separatistas. Na verdade, a polícia não informou se eles estavam ao lado de separatistas ou do governo ucraniano. A informação foi corrigida.