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Bolsonaro diz que Doria e Huck aproveitaram "teta" em compra de aviões

7 de novembro de 2018 - João Doria, governador de São Paulo, se reúne com Jair Bolsonaro em Brasília - Divulgação/Assessoria João Doria
7 de novembro de 2018 - João Doria, governador de São Paulo, se reúne com Jair Bolsonaro em Brasília Imagem: Divulgação/Assessoria João Doria

Eduardo Simões

da Reuters, em São Paulo

29/08/2019 20h55

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) aproveitou sua transmissão semanal ao vivo no Facebook para atacar o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o apresentador Luciano Huck pela compra de aviões com financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, afirmando que eles se aproveitaram de uma "teta" existente em governos petistas.

Bolsonaro e Doria já foram aliados próximos, com direito a troca de elogios. Quanto a Huck, o presidente da República tem rebatido a afirmação recente do apresentador de que Bolsonaro não é o primeiro capítulo da renovação política, mas sim o último capítulo do que deu errado.

Doria e Huck são apontados como possíveis candidatos à Presidência na eleição de 2022, e Bolsonaro já indicou que pretende buscar a reeleição.

"Olha a caixa-preta do BNDES aparecendo aí. Já apareceu aquela galerinha da compra de aviões com 3%, 3,5% (de juros) ao ano. Que teta, hein? Que é isso, Luciano Huck? Que teta, hein? Eu sou o último capítulo do caos? Não foi ilegal a compra, reconheço, mas poxa, só para peixe", ironizou o presidente, aos risos, durante a transmissão.

"João Doria também comprou. João Doria. Comprou também, Doria? Comprou também. Explica isso aí. Só peixe, amigão do Lula, da Dilma. E depois posa... Eu vejo o Doria falando 'a minha bandeira jamais será vermelha'. É brincadeira, né? É brincadeira. Quando ele estava mamando ali, a bandeira era vermelha com o 'foiçaço' e o martelo ali, sem problema algum, né?", disparou Bolsonaro.

Procuradas, as assessorias de Doria e Huck ainda não se manifestaram sobre os comentários do presidente da República.

O governo Bolsonaro teve início em 1º de janeiro de 2019, com a posse do presidente Jair Bolsonaro (então no PSL) e de seu vice-presidente, o general Hamilton Mourão (PRTB). Ao longo de seu mandato, Bolsonaro saiu do PSL e ficou sem partido até filiar ao PL para disputar a eleição de 2022, quando foi derrotado em sua tentativa de reeleição.