Impeachment de Trump: O que acontece agora?
(Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, o republicano Donald Trump, se tornou o terceiro presidente do país a ter um impeachment aprovado pela Câmara dos Deputados, depois que a Casa, liderada pelos democratas, aprovou na noite de ontem acusações que derivam de suas iniciativas para pressionar a Ucrânia a investigar o rival político Joe Biden.
A seguir, o que provavelmente deve acontecer:
Quinta-feira, 19 de dezembro
A Câmara deve selecionar parlamentares para atuarem como representantes e apresentar o caso contra Trump no julgamento no Senado. Os democratas da Câmara dizem que a maioria dos representantes no Senado deve sair do Comitê Judiciário da Casa e possivelmente do Comitê de Inteligência, que liderou a investigação. Muitos deputados esperam ser selecionados para o cargo, que é de grande importância.
Essa nomeação pode ocorrer hoje, antes do recesso de fim de ano, mas os parlamentares podem aguardar até o próximo ano.
A presidente da Câmara, Nancy Pelosi, disse a repórteres que precisava de mais informações do Senado antes de nomear parlamentares.
O líder republicano do Senado, Mitch McConnel, e líder democrata da casa, Chuck Schumer, apresentaram opiniões drasticamente diferentes sobre como o julgamento pode se encaminhar.
Pelosi não declarou formalmente quando vai submeter as acusações de impeachment ao Senado, medida necessária para que o novo julgamento possa ter início.
Começo de Janeiro
Trump deve enfrentar julgamento no Senado que determinará ou não sua condenação e consequente remoção do cargo.
O Senado é controlado pelos colegas republicanos de Trump, que em sua maioria defendem o presidente. Uma maioria de dois terços dos presentes na Casa composta por cem parlamentares é necessária para que Trump seja condenado, o que implica que cerca de 20 dos 53 senadores republicanos precisariam votar contra o presidente para que ele fosse impedido de continuar no cargo.
O presidente da Suprema Corte dos EUA, John Roberts, presidirá o julgamento. Os representantes apontados pela Câmara apresentariam o caso contra Trump e a equipe jurídica do presidente responderia, com os senadores atuando como membros do júri.
Um julgamento poderia envolver depoimentos de testemunhas e um cronograma cansativo. O processo pode acontecer no período entre seis dias e uma semana ou se estender para até seis semanas de duração.
McConnell já disse que o Senado poderia realizar uma opção mais curta, votando os artigos do impeachment após as arguições de abertura, pulando os depoimentos de testemunhas, mas McConnell ainda está se consultando com a Casa Branca sobre isso.
(Reportagem de David Morgan)
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