Steve Bannon influenciou a direita antes de ser preso; conheça trajetória
Steve Bannon ajudou a moldar a mídia política de direita nos Estados Unidos que abriu caminho para a campanha presidencial de Donald Trump em 2016, que ele ajudou a levar à vitória.
Hoje, Bannon foi preso e acusado de fraudar apoiadores de Trump que doaram dinheiro para um projeto de construir um muro na fronteira EUA-México.
Veja detalhes da carreira de Bannon:
Mídia conservadora
Antes de assumir como executivo-chefe da campanha de 2016 de Trump, Bannon, de 66 anos, chefiou e co-fundou o Breitbart News, um site que deu voz para movimentos de extrema-direita que incluem nacionalistas radicais, neonazistas, supremacistas brancos e antissemitas.
Com uma aparência desgrenhada marcada pela tendência de usar várias camisas uma por cima da outra, Bannon atacou os "globalistas" e foi visto como um dos arquitetos por trás da agenda "America First" de Trump.
Estrategista da Casa Branca
Cinco dias depois de Trump derrotar a democrata Hillary Clinton, ele recompensou Bannon, um ex-banqueiro do Goldman Sachs e veterano da Marinha, nomeando-o conselheiro sênior e estrategista-chefe da Casa Branca — cargos não sujeitos à confirmação do Senado dos EUA.
Nos poucos meses em que esteve no cargo, Bannon ajudou a impulsionar os projetos de direita e populista da agenda de Trump. Ele protestou contra o Acordo de Paris contra as mudanças climáticas, do qual Trump prometeu se retirar, e o pressionou a descartar o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), que o presidente posteriormente substituiu por um novo acordo de comércio entre Estados Unidos, México e Canadá.
Ele também esteve por trás da polêmica e mal implementada proibição de viagens de Trump, que buscava impedir a entrada nos EUA de pessoas de vários países de maioria muçulmana, e apoiou a construção de um muro ao longo da fronteira EUA-México — uma das promessas de campanha de Trump.
Depois da Casa Branca
Trump se virou contra Bannon por causa dos comentários do estrategista ao autor de um livro altamente crítico ao presidente e sua família, e demitiu-o em agosto de 2017. Bannon também entrou em confronto com outras autoridades do governo Trump.
O empresário da mídia retornou brevemente ao Breitbart News, desistindo mais tarde, ao irritar Trump por criticar duramente seu filho mais velho.
A reputação de Bannon como mentor político sofreu um revés no final de 2017, depois que os republicanos perderam uma cadeira no Senado dos Estados Unidos pelo Alabama, quando Roy Moore, apoiado por Bannon, foi derrotado pelo democrata Doug Jones.
Fora dos Estados Unidos
Desde então, Bannon tem procurado expandir sua influência no exterior. Ele tinha conexões com o Vaticano, ajudando a elaborar um projeto para um instituto católico de direita na Itália, em um esforço para promover o pensamento conservador na Igreja.
Bannon também se aproximou do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro e um dos principais conselheiros do pai sobre política externa.
Ele ainda desenvolveu relacionamento com o bilionário fugitivo chinês Guo Wengui, a certa altura aparecendo em um vídeo mal iluminado em um barco em frente à Estátua da Liberdade para denunciar o Partido Comunista da China.
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