Austrália envia militares a Sydney para garantir cumprimento de lockdown
Centenas de tropas adicionais serão enviadas a Sydney na semana que vem para ajudar a fazer cumprir o lockdown da cidade australiana, já que hoje as autoridades relataram o maior aumento diário de casos de covid-19 do surto que se propaga além da maior metrópole do país.
"Infelizmente, esta tendência (de casos) continuará no mínimo pelos próximos dias", disse a premiê de Nova Gales do Sul, Gladys Berejiklian, aos repórteres em Sydney, a capital estadual.
Agora que os casos diários de covid-19 atingiram uma alta recorde em Sydney, está se tornando cada vez mais improvável a cidade encerrar seu lockdown de nove semanas no dia 28 de agosto, como planejado originalmente.
As autoridades estão debatendo afrouxar algumas restrições se pessoas suficientes estiverem vacinadas e o número de casos diminuir.
Também hoje, o Departamento de Defesa disse ter recebido um pedido de pessoal adicional para ajudar a polícia a forçar o cumprimento de quarentena domiciliar nos subúrbios mais afetados de Sydney.
"A Defesa está se preparando para mobilizar 200 efetivos adicionais a partir de segunda-feira (16) para auxiliar a força policial de Nova Gales do Sul", disse um porta-voz do Departamento de Defesa à Reuters.
Mais de 500 tropas desarmadas do Exército já estão ajudando a polícia de Sydney, o que inclui monitorar atividades de cumprimento em hotéis e aeroportos.
Apesar de um lockdown de quase sete semanas em Sydney, o estado de Nova Gales do Sul relatou 390 casos novos transmitidos localmente, a maioria deles na capital, o que supera a alta diária anterior de 356 de terça-feira (10). Os casos diários passaram de 300 nos últimos quatro dias.
Duas mortes novas foram computadas, elevando o total do surto estadual mais recente para 38.
Várias cidades regionais de Nova Gales do Sul também estão em lockdown porque as pessoas estão violando o confinamento de Sydney e disseminando o vírus. Uma das mais preocupantes é Walgett, no extremo noroeste de Nova Gales do Sul, onde 80% da população é indígena.
A Austrália passou a priorizar as vacinações de sua população indígena devido à preocupação com as taxas de mortalidade mais altas nas comunidades muitas vezes desfavorecidas. Mesmo assim, menos de 15% desta população está totalmente vacinada.
O primeiro-ministro Scott Morrison disse que o país está acelerando rapidamente as vacinações e que um milhão de doses foram administradas em quatro dias, mas continua sendo atacado por uma campanha de inoculação lenta, enquanto a Austrália aguarda a maior parte das vacinas da Pfizer e da Moderna.
* Com colaboração de Colin Packham, em Canberra (Austrália)
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