Desertor norte-coreano que voltou para casa teve dificuldades e vivia vida miserável no Sul
Um ex-desertor da Coreia do Norte, que fez uma travessia arriscada e rara da fronteira de volta para casa passou dificuldades na Coreia do Sul, informam autoridades e reportagens veiculadas na imprensa nesta terça-feira, alimentando um novo debate sobre como os desertores são tratados em suas novas vidas.
O Exército sul-coreano identificou o homem que atravessou a fortificada Zona Desmilitarizada que separa as duas Coreias no sábado, como o norte-coreano que havia fugido para o Sul em uma região semelhante há pouco mais de um ano.
A situação do homem joga uma nova luz sobre as vidas dos re-desertores, e levanta questões sobre se eles teriam recebido o apoio adequado após fazerem a perigosa jornada para fugir do empobrecido e rigidamente controlado Norte para o rico e democrático Sul.
O re-desertor está na casa dos 30 anos de idade e vivendo na pobreza enquanto trabalhava como faxineiro, afirmou uma autoridade militar.
"Eu diria que ele era classificado como classe baixa, mal conseguindo viver", disse a autoridade, que se recusou a elaborar mais citando preocupações com a privacidade.
Autoridades, que dizem que há poucos riscos de que o homem seja um espião norte-coreano, abriram um inquérito para entender como o homem contornou guardas apesar de ter sido visto pelas câmeras de segurança algumas horas antes de atravessar a fronteira.
Autoridades norte-coreanas não comentaram o incidente e a imprensa estatal não o reportou.
Desde 2012, houve a confirmação de que apenas 30 desertores retornaram ao Norte, de acordo com o Ministério da Unificação. Mas desertores e ativistas dizem que pode haver muito mais casos desconhecidos entre aqueles que lutaram para se adaptar à vida no sul.
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