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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Grupo de direitos humanos da Ucrânia diz a órgão da ONU que estupro foi usado como arma de guerra

Soldados de tropas pró-Rússia se reúnem em assentamento em Mykolaivka, na região separatista de Donetsk - Alexander Ermochenko/Reuters
Soldados de tropas pró-Rússia se reúnem em assentamento em Mykolaivka, na região separatista de Donetsk Imagem: Alexander Ermochenko/Reuters

Michelle Nichols

11/04/2022 19h11Atualizada em 11/04/2022 19h26

A Organização das Nações Unidas está ouvindo cada vez mais relatos de estupro e violência sexual na Ucrânia, disse uma autoridade graduada da ONU ao Conselho de Segurança nesta segunda-feira, quando um grupo de direitos humanos ucraniano acusou tropas russas de usar o estupro como arma de guerra.

Kateryna Cherepakha, presidente do La Strada-Ucrânia, disse que as linhas diretas de emergência de sua organização receberam ligações acusando soldados russos de nove casos de estupro, envolvendo 12 mulheres e meninas.

"Esta é apenas a ponta do iceberg", disse ela ao conselho por meio de vídeo. "Sabemos e vemos —e queremos que vocês ouçam nossas vozes— que a violência e o estupro são usados agora como arma de guerra por invasores russos na Ucrânia."

A Rússia tem negado repetidamente atacar civis desde que sua invasão da Ucrânia começou em 24 de fevereiro.

A ONU disse na semana passada que monitores de direitos humanos da ONU estão tentando verificar alegações de violência sexual por forças russas, incluindo estupro coletivo e estupros na frente de crianças, e alegações de que forças ucranianas e milícias de defesa civil também cometeram violência sexual.

A missão da Ucrânia na ONU não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre as alegações contra as forças ucranianas.

"A Rússia, como afirmamos mais de uma vez, não faz guerra contra a população civil", disse o vice-embaixador russo na ONU, Dmitry Polyanskiy, ao Conselho de Segurança nesta segunda-feira.

A diretora executiva da ONU Mulheres, Sima Bahous, afirmou que todas as alegações precisam ser investigadas de forma independente para garantir justiça e responsabilização.