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Candidata da extrema-direita Le Pen diz que Macron é presidente mais autoritário da França

Macron e Le Pen disputaram a presidência em 2017 e são novamente adversários - Reuters
Macron e Le Pen disputaram a presidência em 2017 e são novamente adversários Imagem: Reuters

Tassilo Hummel

14/04/2022 08h45

A candidata presidencial da extrema-direita francesa, Marine Le Pen, rebateu nesta quinta-feira as críticas de seu rival Emmanuel Macron, que a acusou de manter visões "autoritárias" e extremistas, apesar de ela ter suavizado sua imagem na campanha atual.

"Isto (crítica) me faz rir porque nunca tivemos um presidente que mostrou mais sinais de extremismo do que Emmanuel Macron", disse Le Pen à emissora France 2, citando ações policiais contra manifestações políticas, como o movimento dos coletes amarelos.

Na entrevista, Le Pen reiterou que, se eleita, acredita ser concebível realizar um referendo público sobre a reintrodução da pena de morte. Ela havia dito anteriormente que pessoalmente votaria contra tal medida.

Separadamente, o órgão eleitoral da França disse que pediu esclarecimentos à campanha de Le Pen sobre declarações falsamente atribuídas a autoridades públicas sobre criminalidade e imigração, um de seus temas centrais.

O órgão afirmou que Le Pen, porém, não precisava trocar seus folhetos que já estavam impressos.

Le Pen chamou a medida da Comissão de Controle de Campanha de uma "manobra" política.

A comissão disse que está analisando as alegações feitas por Le Pen sobre um aumento estatístico de lesões corporais intencionais desde 2017 e o número de imigrantes que entrou na França legalmente desde aquele ano, os quais a candidata atribuiu falsamente ao Ministério do Interior francês.

"A Comissão pediu à candidata que apresentasse uma nova versão de sua declaração sem essa atribuição", disse o órgão em comunicado, mas acrescentou que não pediria à campanha de Le Pen a retirada de material já impresso, pois isso seria "desproporcional".