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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Finlândia está pronta para lutar contra Rússia se for atacada, diz chefe da Defesa

11.abr.2022 - Primeiros-ministros da Lituânia, Ingrida Simonyte, e da Ucrânia, Denys Shmyhal, em visita à cidade de Borodianka - Ukrainian Governmental Press Service/via REUTERS
11.abr.2022 - Primeiros-ministros da Lituânia, Ingrida Simonyte, e da Ucrânia, Denys Shmyhal, em visita à cidade de Borodianka Imagem: Ukrainian Governmental Press Service/via REUTERS

Helsinque

22/06/2022 09h27

A Finlândia tem se preparado por décadas para um ataque russo e apresentaria forte resistência caso ocorra, disse o chefe de suas Forças Armadas.

O país nórdico construiu um arsenal substancial. Mas, além do equipamento militar, disse o general Timo Kivinen, um fator crucial é que os finlandeses estariam motivados para lutar.

"A linha de defesa mais importante está entre os ouvidos, como prova a guerra na Ucrânia no momento", declarou Kivinen em entrevista.

A Finlândia travou duas guerras na década de 1940 contra sua vizinha oriental, com a qual compartilha uma fronteira de 1.300 km.

Antes um país não alinhado, agora está se candidatando para se juntar à aliança militar da Otan devido a preocupações de que a Rússia possa invadir como fez na Ucrânia em 24 de fevereiro.

Desde a Segunda Guerra Mundial, Helsinque manteve um alto nível de preparação militar.

"Desenvolvemos sistematicamente nossa defesa militar precisamente para esse tipo de guerra que está sendo travada lá (na Ucrânia), com uso grande de poder de fogo, forças blindadas e também forças aéreas", disse Kivinen.

"A Ucrânia tem sido uma mordida difícil de mastigar (para a Rússia) e a Finlândia também seria."

Cerca de 100.000 finlandeses foram mortos durante as duas guerras que a Finlândia lutou contra a União Soviética e perdeu um décimo de seu território.

A nação de 5,5 milhões de habitantes tem uma força para tempo de guerra de cerca de 280.000 pessoas, com 870.000 treinados como reservistas. A Finlândia não aboliu o recrutamento militar para homens, como fizeram muitas outras nações ocidentais após o fim da Guerra Fria.