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Missão da ONU diz que inspeção em usina nuclear na Ucrânia vai durar 'alguns dias'

4.ago.2022 - Um militar com uma bandeira russa em seu uniforme monta guarda perto da Usina Nuclear de Zaporizhzhia durante o conflito Ucrânia-Rússia fora da cidade de Enerhodar, controlada pela Rússia, na região de Zaporizhzhia, Ucrânia. - REUTERS/Alexander Ermochenko/Foto de Arquivo
4.ago.2022 - Um militar com uma bandeira russa em seu uniforme monta guarda perto da Usina Nuclear de Zaporizhzhia durante o conflito Ucrânia-Rússia fora da cidade de Enerhodar, controlada pela Rússia, na região de Zaporizhzhia, Ucrânia. Imagem: REUTERS/Alexander Ermochenko/Foto de Arquivo

Tom Balmforth

31/08/2022 11h11Atualizada em 31/08/2022 11h26

Inspetores nucleares da ONU partiram para a usina nuclear de Zaporizhzhia, na Ucrânia, nesta quarta-feira, dizendo que sua missão é evitar um acidente nuclear e tentar estabilizar a situação após semanas de bombardeios nas proximidades.

Um repórter da Reuters seguindo a equipe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) em um comboio a partir da capital Kiev disse que os inspetores chegaram à cidade vizinha de Zaporizhzhia, onde provavelmente passariam a noite antes de visitar a usina, que fica em território controlado por Rússia, na quinta-feira.

Autoridades russas instaladas na área perto da usina sugeriram que a visita poderia durar apenas um dia, enquanto autoridades da AIEA e ucranianas indicaram que duraria mais.

Mapa Rússia invade a Ucrânia - 26.02.2022 - Arte UOL - Arte UOL
Imagem: Arte UOL

"A missão levará alguns dias. Se conseguirmos estabelecer uma presença permanente, ou uma presença contínua, será prolongada. Mas este primeiro segmento levará alguns dias", disse Grossi a repórteres em um hotel em Zaporizhzhia.

"Temos uma tarefa muito importante a realizar lá - avaliar a situação real, ajudar a estabilizar a situação o máximo que pudermos", disse ele, acrescentando que a equipe da AIEA tinha garantias da Rússia e da Ucrânia para entrar na zona de guerra.

A Rússia capturou a usina, a maior da Europa, no início de março como parte do que Moscou chama de "operação militar especial", algo que Kiev e o Ocidente descrevem como uma invasão não provocada visando tomar terras e apagar a identidade ucraniana.

Uma força militar russa está na usina desde então, assim como a maior parte da força de trabalho ucraniana que trabalha para continuar operando a instalação, que tradicionalmente abastecia a Ucrânia com 20% de suas necessidades de eletricidade.

Combates foram relatados tanto perto da usina quanto mais longe, com Kiev e Moscou reivindicando sucessos no campo de batalha enquanto a Ucrânia montava uma contraofensiva para recapturar território no sul. A Reuters não pôde verificar tais relatos de forma independente.

Há semanas, a Ucrânia e a Rússia se acusam de colocar em perigo a segurança da usina com ataques de artilharia ou drones e arriscar um desastre de radiação no estilo de Chornobyl.