Topo

Guerra da Rússia-Ucrânia

Notícias do conflito entre Rússia e Ucrânia


Esse conteúdo é antigo

Otan reforça segurança e G7 alerta Belarus sobre Ucrânia após ataques da Rússia

10.out.22 - Fumaça é vista em Lviv, na Ucrânia, após novo ataque russo - Yuriy DYACHYSHYN / AFP
10.out.22 - Fumaça é vista em Lviv, na Ucrânia, após novo ataque russo Imagem: Yuriy DYACHYSHYN / AFP

Max Hunder e Jonathan Landay

Reuters, em Kiev

11/10/2022 12h59

A Otan disse nesta terça-feira que seus Estados membros estão aumentando a segurança em torno de instalações importantes depois que a Rússia intensificou seus ataques à Ucrânia e acentuou ameaças contra o Ocidente.

Mísseis russos atingiram a Ucrânia pelo segundo dia, embora com menos intensidade do que na segunda-feira, quando dezenas de ataques aéreos mataram 19 pessoas, feriram mais de 100 e interromperam o fornecimento de energia em todo o país.

Belarus, aliada mais próxima de Moscou, afirmou que iniciou um exercício para avaliar sua "prontidão de combate" depois de ordenar na segunda-feira que tropas se mobilizassem com forças russas perto de sua fronteira com a Ucrânia. Belarus permitiu que a Rússia usasse seu território para invadir a Ucrânia, mas ainda não enviou suas próprias tropas pela fronteira.

Moscou anexou novas áreas da Ucrânia, mobilizou centenas de milhares de russos para lutar e ameaçou repetidamente usar armas nucleares nas últimas semanas, espalhando alarme no Ocidente. Um diplomata europeu disse que a Otan está considerando convocar uma cúpula virtual da aliança de defesa ocidental para avaliar sua resposta.

A Otan está monitorando de perto as forças nucleares da Rússia, mas não viu nenhuma mudança em sua postura nuclear, disse o secretário-geral Jens Stoltenberg a repórteres em Bruxelas.

Os aliados estão aumentando a segurança em torno de infraestrutura vital após ataques a gasodutos sob o Mar Báltico, e qualquer ataque deliberado provocaria uma "resposta unida e determinada", afirmou ele. Ainda não está claro quem está por trás das recentes explosões.

Mais ataques com mísseis mataram pelo menos uma pessoa na cidade de Zaporizhzhia, no sudeste da Ucrânia, e deixaram parte da cidade de Lviv, no oeste, sem energia, disseram autoridades locais. Sirenes de ataque aéreo soaram na Ucrânia pelo segundo dia.

O presidente russo, Vladimir Putin, sob pressão doméstica para intensificar a guerra de sete meses, já que suas forças perderam terreno desde o início de setembro, disse que ordenou os ataques de segunda-feira como vingança por uma explosão que danificou a ponte da Rússia para a Crimeia anexada.

Defesa aérea

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e outros líderes do G7 se reuniram virtualmente nesta terça-feira para discutir o que mais poderiam fazer para apoiar a Ucrânia e ouviram o presidente Volodymyr Zelenskiy pedir sistemas de defesa aérea, que ele chamou de sua "prioridade número 1".

Zelenskiy disse que a Rússia iniciou um novo estágio de escalada, então novas sanções são necessárias, e pediu uma missão internacional de monitoramento na fronteira da Ucrânia com Belarus.

O presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, tem acusado repetidamente a Ucrânia de se preparar para atacar seu país, embora não tenha apresentado provas, e Kiev nega tal plano.

O Ministério da Defesa de Belarus disse nesta terça-feira que estava iniciando o que chamou de inspeção militar: "Durante a inspeção, unidades e subunidades militares trabalharão em como assumir a prontidão para o combate".

Belarus pode enfrentar mais sanções ocidentais caso se envolva mais na Ucrânia, disse a ministra francesa das Relações Exteriores, Catherine Colonna, à rádio francesa, acrescentando que a Rússia violou regras da guerra com os ataques de segunda-feira.

Biden já prometeu mais defesas aéreas, uma promessa que o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que prolongaria o conflito.

Uma declaração conjunta do G7 após a reunião alertou Belarus contra qualquer envolvimento adicional e condenou os ataques com mísseis da Rússia, dizendo que ataques a civis constituem um crime de guerra. A Rússia nega ter atacado civis deliberadamente.