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Julian Assange perde apelação contra extradição para os EUA

O fundador do Wikileaks, Julian Assange, que perdeu sua última tentativa de lutar contra a extradição do Reino Unido - Justin Tallis/AFP
O fundador do Wikileaks, Julian Assange, que perdeu sua última tentativa de lutar contra a extradição do Reino Unido Imagem: Justin Tallis/AFP

09/06/2023 09h30

O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, perdeu sua última tentativa de lutar contra a extradição do Reino Unido para os Estados Unidos, onde é procurado por acusações criminais, mas renovará seu recurso na próxima semana.

Assange, de 51 anos, é procurado pelas autoridades norte-americanas por 18 acusações relacionadas à divulgação pelo WikiLeaks de vastos documentos militares confidenciais e mensagens diplomáticas dos EUA.

O Reino Unido autorizou sua extradição e um juiz da Alta Corte de Londres decidiu nesta semana que Assange não tinha bases legais para contestar a decisão, de acordo com uma ordem judicial publicada nesta sexta-feira.

No entanto, sua esposa, Stella Assange, disse que haverá uma audiência na próxima semana, na qual Assange apelará novamente contra a decisão de extraditá-lo.

"Continuamos otimistas de que venceremos e que Julian não será extraditado para os Estados Unidos, onde enfrenta acusações que podem resultar em passar o resto de sua vida em uma prisão de segurança máxima por publicar informações verdadeiras que revelaram crimes de guerra cometidos pelo governo dos EUA", disse ela no Twitter.

Em janeiro de 2021, um juiz britânico decidiu que Assange, nascido na Austrália, não deveria ser extraditado, dizendo que sua saúde mental significava que ele correria o risco de suicídio se condenado e mantido em uma prisão de segurança máxima.

Mas essa decisão foi anulada após as autoridades norte-americanas, que deram uma série de garantias, incluindo a promessa de que ele poderia ser transferido para a Austrália para cumprir qualquer sentença, terem apelado.

A extradição foi assinada pela ministra do Interior britânica em junho do ano passado.

(Por Sam Tobin)