Conteúdo publicado há 8 meses

Navalni estava perto de ser libertado em troca de prisioneiros, diz aliada

O político oposicionista russo Alexei Navalni estava perto de ser libertado em uma troca de prisioneiros quando morreu, disse Maria Pevchikh, uma aliada de Navalni, nesta segunda-feira, repetindo sua alegação de que o presidente Vladimir Putin mandou matá-lo.

Falando no YouTube, Pevchikh declarou que as negociações sobre a troca de Navalni e dois cidadãos norte-americanos não identificados por Vadim Krasikov, um assassino do serviço de segurança russo FSB preso na Alemanha, estavam em seus estágios finais no momento da morte.

Navalni, de 47 anos, morreu em uma colônia penal no Ártico em 16 de fevereiro. O Kremlin negou que a Rússia tivesse qualquer envolvimento em sua morte. O atestado de óbito de Navalni declarou que ele morreu de causas naturais, de acordo com seus apoiadores.

Pevchikh não citou os nomes dos dois cidadãos norte-americanos que estavam para ser trocados com Navalni. Mas os Estados Unidos disseram que estão tentando o retorno de Evan Gershkovich, repórter do Wall Street Journal, e Paul Whelan, ex-fuzileiro naval dos EUA.

"Alexei Navalni poderia estar sentado nesta cadeira agora mesmo, hoje mesmo. Isso não é uma figura de linguagem, poderia e deveria ter acontecido", disse Pevchikh.

"Navalni deveria sair nos próximos dias, porque já tínhamos uma decisão sobre sua troca. No início de fevereiro, Putin recebeu a proposta de trocar o assassino, o oficial do FSB Vadim Krasikov, que está cumprindo pena por um assassinato em Berlim, por dois cidadãos americanos e Alexei Navalni."

Pevchikh afirmou que teve a confirmação de que as negociações para a troca estavam em seus estágios finais na noite de 15 de fevereiro.

Navalni, segundo ela, foi morto um dia depois porque Putin não podia tolerar a ideia de que ele estivesse livre.

Pevchikh disse que os aliados de Navalni estavam trabalhando desde o início da guerra da Ucrânia em um plano para tirá-lo da Rússia como parte de uma troca de prisioneiros envolvendo "espiões russos em troca de prisioneiros políticos".

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Ela contou que eles fizeram esforços desesperados e tentaram encontrar intermediários, chegando até mesmo a abordar o falecido Henry Kissinger, mas disse que os governos ocidentais não conseguiram demonstrar a vontade política necessária.

"As autoridades, americanas e alemãs, acenaram com a cabeça em sinal de compreensão. Eles relataram como era importante ajudar Navalni e os prisioneiros políticos, apertaram as mãos, fizeram promessas e não fizeram nada."

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