Dois a cada três nos EUA temem violência após eleição, mostra pesquisa
Por Jason Lange e Andy Sullivan
WASHINGTON (Reuters) - Dois em cada três norte-americanos dizem que estão preocupados com a possibilidade de violência política após a revanche eleitoral de 5 de novembro entre o presidente democrata Joe Biden e seu antecessor republicano Donald Trump, segundo uma nova pesquisa Reuters/Ipsos.
A pesquisa com 3.934 adultos norte-americanos apontou preocupações generalizadas de que os Estados Unidos podem ver uma repetição da agitação que se seguiu à derrota de Trump nas eleições de 2020, quando a falsa alegação do então presidente de que sua derrota foi resultado de fraude levou milhares de seguidores a invadir o Capitólio dos EUA.
Trump está mais uma vez preparando terreno para contestar os resultados caso perca para Biden pela segunda vez.
Cerca de 68% dos entrevistados na pesquisa online - incluindo 83% dos democratas e 65% dos republicanos - disseram concordar com a declaração de que estavam preocupados com a possibilidade de os extremistas recorrerem à violência se estiverem insatisfeitos com o resultado da eleição.
No geral, 15% dos entrevistados discordaram e 16% não tinham certeza.
Em entrevistas recentes, Trump se recusou a se comprometer a aceitar os resultados das eleições e, em comícios de campanha, tem retratado os democratas como trapaceiros.
Do lado de fora do tribunal de Nova York onde está ocorrendo julgamento criminal de Trump sobre suborno, colegas republicanos repetem a falsidade de que a eleição de 2020 foi roubada dele.
A pesquisa, realizada de 7 a 14 de maio, constatou que os republicanos têm mais desconfiança em relação à imparcialidade das eleições norte-americanas do que os democratas. Apenas 47% disseram estar confiantes de que os resultados da eleição de novembro serão precisos e legítimos, em comparação com 87% dos democratas que expressaram confiança.
A pesquisa tem uma margem de erro de 2 pontos percentuais.
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