Desertor norte-coreano é eleito para o Congresso na Coreia do Sul
O Partido Democrata do presidente Moon Jae-in obteve uma vitória esmagadora nesta quinta-feira (16), conquistando 180 dos 300 assentos na Assembleia Nacional. No entanto, um candidato conservador muito específico garantiu seu espaço no Congresso sul-coreano.
Um diplomata a serviço de Kim Jong-un, depois um desertor forçado a viver escondido sob proteção policial e, finalmente, um deputado na Coreia do Sul. Thae Young-ho acaba de escrever um novo capítulo em seu percurso extraordinário.
Ex-número dois da embaixada norte-coreana em Londres, ele desertou em agosto de 2016 e mudou-se para o sul com a esposa e filhos, para salvá-los "de uma vida miserável" no norte, disse ele. Na época, Young-ho estampou as manchetes de todo o mundo com seu ato.
Thae Young-ho então se tornou um oponente incansável do regime na Coreia do Norte, denunciando metodicamente, entrevista após entrevista, as violações dos direitos humanos e a estratégia nuclear de Kim Jong-un - que o chamava de "podridão humana". Ele também critica a política das relações pacíficas com Pyongyang do presidente sul-coreano Moon Jae-in.
Primeiro desertor do Norte eleito deputado no Sul
Thae Young-ho se tornou o primeiro desertor do Norte eleito para o Sul ao vencer as eleições no elegante distrito de Gangnam, em Seul. O homem, originário de uma família de servidores leais ao regime norte-coreano, disse esperar que sua eleição dê esperança a seus compatriotas, mostrando-lhes "a verdadeira natureza da democracia livre na Coreia do Sul".
Thae Young-ho não conseguiu conter as lágrimas enquanto cantava o hino sul-coreano, quando sua vitória foi confirmada com 58,4% dos votos. No entanto, ele não será o único refugiado do Norte a participar do Congresso da Coreia do Sul. Outro desertor, Ji Seong-ho, também foi eleito, mas a partir do contingente de deputados designados por representação proporcional, também com as cores da oposição conservadora.
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