90 mil pessoas deixam suas casas após supertufão Rai atingir as Filipinas
O supertufão Rai atingiu hoje as Filipinas e obrigou dezenas de milhares de pessoas a fugirem de suas casas, temendo ventos violentos e chuvas torrenciais.
O supertufão registrou ventos de 195 km/h ao tocar o solo às 13h30 (2h30 de Brasília) na ilha de Siargao, um destino turístico tradicional. Um "supertufão" é um ciclone extremamente violento, equivalente a um furacão de categoria 5 nos Estados Unidos, e apenas cinco são registrados todos os anos no planeta. Este é o ciclone mais violento registrado este ano nas Filipinas.
De acordo com agência nacional de gestão de catástrofes, mais de 90.000 pessoas foram obrigadas a fugir, incluindo muitos turistas nacionais -os estrangeiros continuam proibidos de entrar no país devido à pandemia. Muitos voos foram suspensos e dezenas de portos permanecem temporariamente fechados por conta das grandes ondas que poderiam provocar "inundações fatais" em áreas costeiras.
"Esta tempestade é aterrorizante e ameaça atingir comunidades costeiras como um trem de carga", comparou Alberto Bocanegra, diretor da Federação Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho nas Filipinas. "Estamos muito preocupados de que a mudança climática esteja tornando os tufões mais violentos e imprevisíveis", acrescentou.
Supertufão tardio
De fato, o Rai atinge o país de maneira tardia na temporada de tufões, que normalmente vai de julho a outubro. Depois de tocar o solo em Siargao, o tufão deve atravessar a região das ilhas Visayas, Mindanao e Palawan, antes de emergir no sábado no Mar da China Meridional e depois no Vietnã.
A agência meteorológica local advertiu para ventos "muito destrutivos" que poderiam provocar "danos de moderados a fortes em estruturas e na vegetação".O meteorologista Christopher Perez afirmou que os ventos "poderiam derrubar linhas de energia elétrica e árvores", assim como danificar casas construídas com materiais leves.
Vídeos verificados gravados por turistas em Siargao mostram árvores atingidas pelos ventos. No município de Dapa, as famílias desabrigadas dormiam no chão de um complexo esportivo. Em Cagayan de Oro, na ilha de Mindanao, a guarda costeira utiliza barcos infláveis, botes salva-vidas e macas para resgatar pessoas presas em suas casas inundadas perto de um riacho.
Até o momento não foi registrada nenhuma morte ou ferido na passagem do tufão, que provocou alguns cortes de energia elétrica. Filipinas é um dos países mais vulneráveis ao impacto da mudança climática, com a média anual de 20 tempestades e tufões.
(Com informações da AFP)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.