Bombardeio russo no sul da Ucrânia deixa ao menos um morto e mais de 20 feridos
A Rússia bombardeou, na madrugada desta quinta-feira (27) a cidade de Mykolaiv, no sul da Ucrânia. Ao menos uma pessoa morreu e 23 ficaram feridas, entre elas, uma criança.
Segundo o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, quatro mísseis do tipo Kalibr foram disparados do Mar Negro. "As armas de alta precisão visaram casas de civis, um prédio histórico e um imóvel de vários andares", indicou no Telegram junto com um vídeo mostrando residências com janelas quebradas sob fumaça.
Vitaliy Kim, governador da região atingida, declarou que bombeiros apagaram diversos incêndios provocados pelos destroços dos mísseis. Membros do serviço de socorros também realizam buscas nos escombros do bombardeio.
Civis no alvo dos ataques
A cidade portuária de Mykolaiv, a 170 quilômetros da península da Crimeia, contava com cerca de 470 mil habitantes antes da invasão russa, em fevereiro de 2022. A localidade e seus arredores são alvo de grandes bombardeios desde o início do conflito. A Rússia nega, no entanto, que os ataques visem civis.
Segundo o Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, mais de oito mil civis foram mortos na Ucrânia desde o início da guerra. No entanto, o órgão adverte que a quantidade de vítimas, atualizadas em março, é provavelmente superior.
Na terça-feira (25), outro bombardeio que visou um museu em Kupiansk, no nordeste da Ucrânia, matou duas pessoas e feriu 10. Zelensky classificou o ataque de "bárbaro", acusando a Rússia de ser "um país terrorista".
China mediadora da paz
Tradicional aliada da Rússia, a China tenta se mostrar como uma mediadora da paz. Na quarta-feira (26), o presidente chinês, Xi Jinping, conversou com Zelensky por telefone, pela primeira vez desde o início do conflito.
Para o líder chinês, "o diálogo e a negociação" são o único caminho para tentar colocar um fim à guerra. "A China sempre esteve do lado da paz e sua posição fundamental é promover um diálogo de paz", afirmou Xi Jinping ao presidente ucraniano, segundo a rede estatal chinesa CCTV.
A ligação durou "quase uma hora", segundo Kiev, e foi de "iniciativa da parte ucraniana", destacou o Ministério de Relações Exteriores chinês. No Twitter, o Zelensky confirmou que teve uma "longa e significativa" conversa com Xi Jinping.
Depois da conversa, Zelensky anunciou a nomeação de um embaixador na China, um cargo vago desde fevereiro de 2021. O posto será ocupado pelo ex-ministro de Indústrias Estratégicas, Pavlo Riabikin, de 57 anos, informou Kiev.
O governo chinês também indicou que "enviará um representante especial [...] à Ucrânia e outros países para manter uma comunicação em profundidade com todas as partes com vistas a uma solução política para a crise ucraniana".
(Com informações da AFP)
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