Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.
Planalto tenta retomar o controle sobre Pazuello
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Bolsonaro não gostou de saber que Eduardo Pazuello passou a namorar a ideia de buscar no Supremo Tribunal Federal um habeas corpus que lhe permita exercitar na CPI da Covid o direito constitucional de ficar calado para não se autoincrimiar.
A serviço do Planalto, operadores civis e militares tentam retomar, por assim dizer, o controle sobre Pazuello. Molha a camisa para convencê-lo a seguir o roteiro ensaiado nas sessões de treinamento a que se submeteu na Presidência.
Prevalece no Planalto a avaliação de que Pazuello dificilmente obteria do Supremo liminar para trocar a pele de testemunha, que o obriga a dizer a verdade, pela camuflagem de investigado, que oferece a trincheira do silêncio.
Entretanto, auxiliares do presidente acham que a simples tentativa de obter o habeas corpus seria ruinosa. Reforçaria a tese de que o general que comandou a pasta da Saúde guiando-se pelo lema segundo o qual "um manda e o outro obedece" tem algo a esconder. Bolsonaro prefere que o ex-ministro enfrente a CPI como "homem", não como "maricas".
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