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Primeiro enterro é realizado no cemitério de Santa Maria; cerca de 150 ainda devem acontecer na cidade

Thiago Varella

Do UOL, em Santa Maria (RS)

28/01/2013 10h57Atualizada em 28/01/2013 14h53

O Cemitério Municipal de Santa Maria recebeu por volta das 10h30 desta segunda-feira (28) o primeiro enterro de vítimas do incêndio da boate Kiss, no centro da cidade gaúcha, que deixou mais de 230 mortos e mais de cem feridos.

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Família e amigos dos irmãos Marcelo de Freitas Salla Filho, 20, e Pedro de Oliveira Salla, 17, compareceram ao local, que deve ter no mínimo 90 vítimas enterradas entre hoje e amanhã (29).

Os irmãos decidiram ir para a boate de última hora, após conseguirem um ingresso que dava acesso à área VIP da Kiss. Marcelo era estudante de Direito e Pedro de Agronomia, ambos na UFSM.

Os cemitérios de Santa Maria se preparam para receber dez vezes mais enterros do que em dias normais por conta da tragédia. Os cemitérios do município, na região central do Rio Grande do Sul, tem, em média, cinco enterros por dia.

Mutirão

O cemitério municipal é o que mais vai receber enterros, seguido do Santa Rita com 30, do cemitério da Saudade (Caturita) com doze, do cemitério São José, também com doze, e do cemitério Pau a Pique, com dez enterros. Destes, apenas o Santa Rita é particular.

Com isso, foi organizado um "mutirão" para sepultar as pessoas. Coroas de flores e caixões estão sendo comprados em outras cidades, e a prefeitura já auxilia na transferência de corpos. Desde domingo não há coroas de flores e caixões suficientes, por isso, eles têm vindo de cidades vizinhas.

O número de pessoas que trabalha nos locais foi ampliado de forma emergencial e voluntários também ajudam. A abertura dos cemitérios ocorreu às 7h30, mais cedo que em dias comuns.

Famílias pobres que necessitam transferência do corpo das vítimas terão auxílio da Prefeitura da Santa Maria, que colocou sua estrutura à disposição para levar os mortos a suas cidades de origem.

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A festa em que ocorreu a tragédia reunia universitários de vários cursos da UFSM (Universidade Federal de Santa Maria). A cidade recebe estudantes de várias cidades da região por ser referência em capacitação profissional. Aos poucos, os corpos estão sendo liberados para voltarem às cidades de origem.

Na tragédia, 231 pessoas morreram, a maioria por asfixia por conta do excesso de fumaça. A causa mais provável seria uma faísca vinda do show pirotécnico da banda Gurizada Fandangueira. A casa noturna tinha Plano de Prevenção de Incêndio vencido desde agosto.

Incêndio em boate de Santa Maria (RS)
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