Manifestantes que pedem volta dos índios à Aldeia Maracanã fecham ruas e pedem saída de Cabral
Manifestantes e índios fecharam ruas do bairro de Laranjeiras, zona sul do Rio de Janeiro, no início da noite desta quarta-feira (27), em um protesto contra o governador Sérgio Cabral (PMDB) e a favor da volta dos indígenas para a Aldeia Maracanã.
O protesto saiu do largo do Machado, na área central da capital fluminense, e teve como destino o Palácio Guanabara, sede do governo estadual.
A Policia Militar colocou grades na frente do palácio e os manifestantes se concentraram na frente do jardim, com gritos de "Cabral ditador" e pedindo a saída do governador do comando do Estado. O protesto acabou por volta das 20h50 desta quarta-feira (27), de maneira pacífica.
A manifestação chegou a provocar o fechamento da rua Pinheiro Machado, nas Laranjeiras, na via que leva à zona sul, por cerca de 1h20.
Segundo a PM, a manifestação reúne entre 300 e 350 pessoas. A rua das Laranjeiras ficou totalmente fechada por cerca de 20 minutos.
Durante o trajeto, três manifestantes picharam uma das entradas da estação de metrô do largo do Machado.
Um dos manifestantes que participaram do protesto foi o indio Kaiah, da etnia Waiwai: "Queremos voltar para o terreno da Aldeia Maracanã e não vamos parar enquanto não conseguirmos. Estamos preparando um documento com vídeos e fotos para mandar para a UNESCO e mostrar como a PM foi violenta com a gente".
Já o indio Daniel, da etnia Puri, disse que a manifestação cumpriu seu papel. "Demos nosso recado ao governador. Queremos a Aldeia de volta".
Na sexta-feira (22), cumprindo decisão da Justiça Federal, a polícia realizou a reintegração de posse do antigo Museu do Índio, ocupado pelos indígenas da Aldeia Maracanã desde 2006.
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