Treze índios são instalados em hotel da prefeitura após desocupação no Rio

A Secretaria Estadual de Assistência Social e de Direitos Humanos informou que 13 dos 22 índios que ocupavam o antigo Museu do Índio, na Aldeia Maracanã, zona norte do Rio de Janeiro, já foram instalados no Hotel Santanna, administrado pela prefeitura da capital fluminense.

Desses, 12 chegaram ao hotel logo pela manhã, antes da invasão do Batalhão de Choque da Polícia Militar ao museu, quando houve confronto entre manifestantes simpatizantes da causa indígena e PMs. Dois índios chegaram ao hotel após o confronto, mas uma mulher foi embora afirmando que tem outro lugar para se instalar na cidade.

Ainda de acordo com a secretaria, representantes indígenas visitam, com acompanhamento da Assistência Social, três locais que foram disponibilizados para a instalação dos alojamentos: Bonsucesso, Jacarepaguá e Quinta da Boa Vista. De acordo com o defensor público Daniel Macedo, o mais cotado para ser escolhido pelos índios é o terreno em Jacarepaguá, zona oeste do Rio.

O defensor disse ainda que o Hotel Santanna seria um abrigo para moradores de rua, com quartos de 5 metros quadrados e permanência permitida apenas no período da noite, até as 9h. A secretaria, no entanto, disse que o hotel recebe apenas “casos de vulnerabilidade social”, como por exemplo um alcoólatra que tenha perdido a família e não tenha para onde ir.

O prédio do hotel, originalmente de iniciativa privada, foi arrendado pela prefeitura. Não são cobradas diárias para permanência no local. Os índios devem ficar alojados no primeiro andar, que foi reservado apenas para eles, e podem permanecer ali por tempo indeterminado. Eles receberão três refeições diárias --café da manhã, almoço e jantar.

Pela proposta do Governo do Estado, apresentada aos índios, eles podem decidir pelo recebimento do benefício do aluguel social, no valor de R$400, ou podem voltar para a aldeia de origem, com o transporte pago, caso não aceitem ficar no alojamento.