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Suspeito de esquartejar zelador em SP tem prisão prorrogada por crime no RJ

Do UOL, no Rio

01/07/2014 11h23

O TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) informou nesta terça-feira (1º) ter prorrogado por mais 30 dias a prisão temporária do casal Eduardo Martins e Ieda Cristina Cardoso da Silva, suspeitos de assassinar o empresário José Jair Farias, ex-marido de Ieda, em 2005. O crime ocorreu em Santa Cruz, na zona oeste da capital fluminense.

O casal também é investigado por outro homicídio, ocorrido em maio deste ano, no bairro da Casa Verde, na zona norte de São Paulo. Martins, que trabalhava como publicitário, confessou ter matado, esquartejado e queimado o zelador Jezi de Souza. A mulher é suspeita de envolvimento, segundo a polícia, porém Martins a isenta da autoria deste crime.

Há nove anos, o corpo do ex-marido de Ieda foi encontrado com marca de tiros no interior do veículo da vítima. De acordo com o processo, que tramita na 1ª Vara Criminal da Capital, o casal tinha uma relação conturbada com José Jair Farias. Os supostos problemas diziam respeito aos bens e à guarda do filho de José e Ieda.

"A prorrogação da prisão temporária dos indiciados apresenta-se imprescindível para a conclusão das investigações, que, como assinalou a autoridade policial, deverá ainda reinquirir e ouvir algumas testemunhas, realizar a acareação entre Ieda e sua genitora e o confronto balístico entre os projéteis apreendidos nos presentes autos e o revólver e o cano da pistola apreendidos na casa do indiciado Eduardo”, afirmou o juiz Fábio Uchoa.

Justiça de São Paulo também prorrogou prisão preventiva

Na terça-feira da última semana, dia 24 de junho, a Justiça de São Paulo também decidiu prorrogar outro pedido de prisão preventiva do publicitário --em referência ao homicídio contra o zelador, também por 30 dias. Martins está preso desde o dia 2 de junho, quando foi flagrado na casa da família na Praia Grande, no litoral paulista, queimando as vísceras do corpo de Jezi de Souza.

Souza morreu no dia 30 de maio no prédio em que trabalhava. O publicitário disse que o zelador morreu acidentalmente ao bater a cabeça em um batente após uma discussão entre os dois no hall de entrada do apartamento do casal. Martins usou um serrote para esquartejar a vítima e levou o corpo até Praia Grande.

A mulher do publicitário também está presa temporariamente. A polícia suspeita que ela ajudou o marido a transportar o corpo da vítima. Ieda se diz inocente.

A polícia já realizou duas reconstituições do caso: uma no apartamento do casal, em São Paulo, e outra na casa da família, em Praia Grande.

Imagens do circuito interno do edifício registraram os últimos momentos em vida do zelador. Ele aparece no elevador preparando-se para entregar correspondências nos apartamentos.

Segundo relatos do próprio publicitário e da família do zelador, os dois discutiam com frequência por motivos banais, como a entrega de jornais e vagas na garagem do prédio.

O zelador havia registrado no livro interno de ocorrências do condomínio um relato de ameaça feita pelo publicitário.