Pressão menor de água em SP é medida "para ficar", diz dirigente da Sabesp
A redução da pressão no sistema de abastecimento de água da Grande São Paulo veio para ficar. “A gente não deve abandonar [essa medida] nunca mais. É uma condição que vai perpetuar-se dessa forma porque é a melhor condição para o aproveitamento da água sem desgaste da tubulação e sem desperdício. Essa é a herança que a crise nos trará”, afirmou o superintendente de produção de água da Sabesp, Marco Antonio Lopez Barros, em reportagem exibida na noite deste domingo (9) no programa “Fantástico”, da “TV Globo”.
A redução da pressão durante o período noturno é uma medida tomada pela empresa, que é a responsável pelo abastecimento da região, para garantir economia de água.
O representante da Sabesp voltou a negar que haja racionamento de água. Ele afirmou que os casos de desabastecimento são isolados e acontecem porque, com pressão menor, a água demora a chegar a determinados locais.
Lopez Barros também afirmou à “TV Globo” que, com chuvas regulares nos próximos meses, o abastecimento está garantido até o fim de novembro de 2015. “Temos uma capacidade ainda que poderia ser explorada. E vamos buscar essa capacidade”, declarou.
A capacidade dos reservatórios da região a que Barros se refere inclui a reserva técnica, conhecida como volume morto, do sistema Cantareira. Se as chuvas não forem intensas nos próximos meses, o superintendente afirmou que será necessário reavaliar a operação de abastecimento.
Ele afirmou que, mesmo diante da crise hídrica, a população não deve estocar água. “Não recomendamos que as pessoas façam estoque”.
Barros também foi questionado sobre as queixas de moradores quanto à coloração da água que sai das torneiras em determinadas regiões, muitas vezes esbranquiçada. O representante da Sabesp disse que a alteração acontece quando a pressão do sistema é normalizada durante o dia. A volta da pressão, afirma ele, aumenta a velocidade na tubulação e muda a coloração da água. “São microbolhas de ar. Eu tomaria isso e já tomei várias vezes”.
Os níveis de todos os sistemas de abastecimento da região metropolitana de São Paulo vêm caindo. Os casos mais graves são o do Cantareira e o do Alto Tietê. Contando com as duas cotas do volume morto, o primeiro está com 11,4% de sua capacidade. O segundo está com 8,3%.
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