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No YouTube, presidente da Samarco pede "calma e equilíbrio" a funcionários

Rayder Bragon

Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte

25/11/2015 15h50

O diretor-presidente da Samarco, Ricardo Vescovi, empresa responsável pela barragem que se rompeu no dia 5 deste mês, em Mariana (MG), pediu nesta quarta-feira (25), “calma e equilíbrio” aos funcionários, ao se referir a “críticas da imprensa e da sociedade” que, segundo ele, “têm todo o direito de se manifestar”.

Após o rompimento, o governo de Minas Gerais embargou a licença de operação da unidade da mina de Germano, por tempo indeterminado, até que uma série de exigências de segurança feitas pelo Estado seja atendida.

“Ninguém deve esperar apoio amplo e imediato de pessoas que não conhecem a Samarco. Vamos trabalhar para isso também. Vamos mostrar do que nós somos capazes. É uma longa jornada. Nós precisamos da sua coragem e do seu apoio e, principalmente, que você se cuide e se mantenha firme”, disse o dirigente.

Em um vídeo publicado no Youtube e direcionado aos funcionários da empresa, cuja maioria está de licença-remunerada desde o dia dez deste mês, ele ainda afirmou que “alternativas” estão sendo estudadas para a retomada das operações da empresa. No entanto, não detalhou quais seriam essas medidas e acrescentou que a retomada não depende apenas da companhia.

“Alternativas para a retomada de nossas operações estão sendo estudadas, porém, essa retomada não é uma decisão que cabe somente à Samarco e aos seus acionistas. Mas, sobretudo, ela cabe à sociedade e suas instituições”, declarou.

Vescovi afirmou que a empresa tem mostrado transparência nas informações que são dadas nos canais de comunicação da Samarco e presta “total colaboração com a imprensa e com os órgãos públicos e com as autoridades competentes”. Segundo ele, o momento é de reconstrução e de recuperação.

“Inclusive da recuperação da confiança das pessoas e da sociedade na Samarco”.

Em relação às causas do rompimento da barragem de Fundão, o dirigente declarou ainda não ter respostas.

“Ainda não temos respostas para todas as questões”. O que aconteceu no dia 5 de novembro é algo sem precedentes na mineração mundial, e as investigações sobre as causas do acidente continuam’, salientou.

Conforme Vescovi, somente um “estudo aprofundado” feito por meio de disciplinas ligadas à mineração ‘pode chegar a uma explicação para o que aconteceu’. Ele, no entanto, não externou um prazo para que isso seja concluído.