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Encontrada a segunda caixa-preta do avião da Germanwings que caiu nos Alpes

Do UOL, em São Paulo

02/04/2015 11h17

A segunda caixa-preta do Airbus A320 da Germanwings, que caiu no dia 24 de março nos Alpes franceses, foi encontrada nesta quinta-feira (2), anunciou a promotoria francesa em Marselha (sudeste da França), após nove dias de buscas.

A caixa-preta contém os parâmetros de voo do avião, cuja destruição provocou a morte de 150 pessoas. A primeira caixa-preta foi encontrada no mesmo dia da tragédia, e sua análise revelou que o copiloto, sozinho na cabine no momento do drama, provocou voluntariamente a queda da aeronave.

 O promotor de Marselha, Brice Robin, disse que "tudo indica" que a segunda caixa-preta "poderá ser analisada", apesar de estar bastante danificada. 

A caixa-preta foi levada ao quartel-general de campanha no vilarejo de Seyne-les-Alpes, o local mais próximo ao ponto da queda, onde estão concentradas as equipes que trabalham na operação de rescaldo. O objeto será encaminhado ao BEA (sigla para o órgão francês que investiga acidentes aéreos), que avaliou as gravações em áudio contidas na primeira caixa-preta. 

As conversas entre o piloto, Patrick Sondenheimer, e o copiloto, Andreas Lubitz revelaram que as ações tomadas por Lubitz derrubaram "de maneira deliberada" o avião nos Alpes franceses.

Um avião comercial possui, geralmente, duas caixas-pretas, identificadas como FDR (Flight Data Recorder, ou gravador de informação de voo) e CVR (Cockpit Voice Recorder, ou gravador de voz da cabine). O FDR registra segundo a segundo todos os parâmetros sobre um período de 25 horas de voo (velocidade, altitude, trajetória etc.). O CVR registra as conversas e todos os sons e anúncios dentro da cabine.

Times de resgate vêm tentando, no local da queda, a recuperação e identificação dos corpos das vítimas, já que o avião se desfez em inúmeras pequenas partes com o choque nas montanhas. A aeronave estava à velocidade de 700 km/h no momento do impacto, segundo as investigações. 

A procura por evidências das vítimas que possam ser comparadas a amostras de DNA de seus parentes tem sido dificultada pelas difíceis condições de acesso ao local. (Com agências internacionais)