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Joe Biden não consegue crescer nas pesquisas após convenção democrata

Joe Biden durante Convenção Nacional do Partido Democrata, que foi realizada virtualmente -
Joe Biden durante Convenção Nacional do Partido Democrata, que foi realizada virtualmente

Do UOL, em São Paulo

26/08/2020 12h08Atualizada em 26/08/2020 16h39

O candidato democrata à presidência dos Estados Unidos, Joe Biden, não conseguiu alavancar seus números de intenção de voto na semana passada. De acordo com a pesquisa nacional Reuters/Ipsos divulgada hoje, o ex-vice-presidente manteve a vantagem de sete pontos percentuais sobre seu opositor Donald Trump. Vale lembrar que a população do país não vota diretamente para presidente, e o resultado final depende do que for decidido nos estados.

A Reuters ouviu, de forma online, 4.320 americanos entre os dias 19 e 25 de agosto. Os resultados indicam que Joe Biden tem o apoio de 47% dos entrevistados, enquanto o republicano fica com 40%, com uma medida de precisão entre 2 e 5 pontos percentuais.

Os números são semelhantes aos apresentados nas pesquisas anteriores e indicam que o democrata não conseguiu aproveitar converter a convenção democrata em apoio público.

De acordo com a Reuters, tanto Hillary Cliton, candidata democrata às eleições de 2016, quanto Donald Trump tiveram um crescimento de 4 pontos percentuais depois das convenções de seus partidos naquele ano.

As convenções de 2020, no entanto, tiveram que ser adiadas para o final do ano eleitoral e foram realizadas de forma online em decorrência da pandemia do coronavírus. Além desse fator, a Reuters acredita que o menor número de indecisos pode ter mitigado o potencial eleitoral das convenções partidárias, já que há apenas 16% dos eleitores sem saber em quem votar — antes das convenções de 2016, eram 20%.

Efeito Kamala Harris

Depois da indicação da senadora Kamala Harris para compor sua chapa como candidata à vice-presidência, Joe Biden viu seu apoio entre os negros crescer 6 pontos percentuais.

Agora, 71% dos 488 afro-americanos entrevistados afirmaram que votarão na chapa democrata, enquanto 9% pretende apoiar a reeleição de Donald Trump.

Os americanos estão, segundo a Reuters, inclinados a escolher seu candidato com base na capacidade de responder à pandemia do coronavírus, restaurar a confiança no governo americano e melhorar a economia. Os eleitores creem que Biden tem mais capacidade de ação na pandemia e na confiança, enquanto Trump tem mais apoio na pauta econômica.