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Desmatamento na Amazônia segue em alta e cresce 28%, mostra monitoramento

Imagens de satélite indicam desmatamento e mineração em Roraima - Handout .
Imagens de satélite indicam desmatamento e mineração em Roraima Imagem: Handout .

Do UOL, em São Paulo

06/08/2020 16h02

Dados publicados pela revista Science mostram que o desmatamento da Amazônia segue acontecendo de forma acelerada. Os números do DETER, um levantamento rápido de alertas de evidências de alteração da cobertura florestal na Amazônia realizado pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), revelam crescimento do problema no Brasil no período dos últimos 12 meses.

De acordo com a publicação, que será divulgada na íntegra amanhã, houve aumento de 28% no desmatamento da floresta no período de agosto de 2019 a julho de 2020, em comparação com o mesmo período dos anos anteriores.

O Deter usa imagens de satélite de baixa resolução para identificar com rapidez novos focos de desmatamento e alertar as autoridades sobre possíveis focos de atividades ilegais.

A Science cita que é "o segundo crescimento sob o governo de Jair Bolsonaro, que fez promessas em sua campanha [eleitoral] para afrouxar a legislação ambiental e aumentar o desenvolvimento na Amazônia".

Outro artigo da revista alerta não só para o desmatamento, mas para o impacto da poluição, com os gases emitidos em queimadas na floresta.

Nele, aponta-se que o desmatamento chegou a 3.070 quilômetros quadrados entre janeiro e junho de 2020, 25% mais do que no mesmo período de 2019 (2.446 km) e 46% a mais do que a média de janeiro a julho entre os anos de 2016 e 2019.